O milho tem nova alta na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) com atraso no plantio da soja no Brasil, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O milho na B3 subiu acompanhando a alta de Chicago (0,60%) e a cotação do dólar, quase neutra, não interferiu. A alta ainda é reflexo do atraso no plantio da primeira safra de milho e de soja, o que pode reduzir a janela para a produção do milho safrinha no Brasil”, comenta.
“O atraso de plantio de milho primeira safra ainda é pequeno 32,3%, ante 33% do ano anterior, nos nove estados listados pela Conab. No entanto, o atraso no plantio da soja é considerável, visto os 17,6% semeados até o momento, ante 28,4% do mesmo período em 2024. O rápido progresso da soja é diretamente ligado ao tempo para o plantio do milho safrinha, este sim responsável pelo grande volume do cereal no país”, completa.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em preços em alta no dia. “O vencimento de novembro/24foi de R$ 71,63, apresentando alta de R$ 0,75 no dia, alta de R$ 3,12 na semana; janeiro/25 fechou a R$ 74,02, alta de R$ 0,62 no dia, baixa de R$ 2,27 na semana; o vencimento março/25 fechou a R$ 74,81, alta de R$ 0,33, no dia e alta de R$ 1,77 na semana”, indica.
Na Bolsa de Chicago, o milho fechou em alta com demanda externa e interna do grão norte-americano. “A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em alta de 0,60% ou $ 2,50 cents/bushel a $ 419,00. A cotação para março25, fechou em alta de 0,64% ou $ 2,75 cents/bushel a $ 432,00”, informa.
“Pelo sexto dia consecutivo, exportadores privados relataram ao USDA vendas extras, o que deu impulso para o terceiro dia de saldo positivo na bolsa. A nova venda de 100 mil toneladas, para um destino desconhecido, somou 3,3 milhões de toneladas vendidas no intervalo de 6 dias. Tudo isso está animando o mercado para um bom relatório de vendas, divulgado às quintas-feiras pelo USDA”, conclui.