A influenza equina é uma doença altamente contagiosa, capaz de se espalhar rapidamente entre os animais. Quando um cavalo é afetado por essa doença, sua susceptibilidade a infecções secundárias, como pneumonia, aumenta significativamente. Tais complicações agravam o estado de saúde, desempenho e bem-estar do animal.
“Casos de influenza podem ocorrer durante todo o ano, porém, a maior incidência costuma ser observada durante o inverno, uma vez que o sistema respiratório é mais exigido nessa época, testando os limites de sua barreira natural de defesa”, explica o médico-veterinário Fernando Santos, gerente de vendas de grandes animais da Syntec do Brasil.
Os principais sintomas da influenza equina incluem tosse, febre, secreção nasal, lacrimejamento, inflamação na garganta, perda de apetite e emagrecimento. É crucial isolar os animais infectados para evitar a propagação do vírus e preparar o suporte adequado para prevenir o agravamento da afecção e o surgimento de doenças secundárias.
“Além disso, a profilaxia é fundamental, incluindo a vacinação regular dos equídeos, o monitoramento dos animais em locais de concentração e a adoção de boas práticas de higiene e manejo”, alerta o especialista.
De acordo com Fernando Santos, caso não sejam feitos os tratamentos e as higienizações adequadas do local - após o surgimento dos sintomas - podem ocorrer complicações bacterianas secundárias, como a broncopneumonia crônica ou afecção. Caso o manejo seja adequado, e o animal não apresente complicações, a recuperação pode ocorrer, aproximadamente, entre 7 e 14 dias.
"Nesse cenário, seguir um protocolo de imunização é essencial, pois alguns animais podem contrair o vírus sem manifestar os sintomas e atuar como fontes de transmissão. Além disso, o atestado de vacinação contra influenza equina é condicional para a emissão do Guia de Transporte Animal (GTA), que autoriza a circulação de animais em todo o território nacional", orienta o médico-veterinário.