Publicado em 12/07/2023 13h26

EUA voltam a ter preferência da China?

Cotação do milho depende apenas dos possíveis cortes no relatório WASDE.
Por: Leonardo Gottems

Ontem, os futuros de milho da Bolsa de Dalian, da China, foram negociados com seu maior prêmio em relação aos preços globais do milho do que em alguns anos, informa a Consultoria TF Agroeconômica. “Os agricultores do Brasil não estão vendendo milho abaixo dos preços de equilíbrio”, observa a equipe de analistas de mercado. 

Além disso, destacam os especialistas, o milho dos Estados Unidos e o milho do Brasil se mantêm com o mesmo preço FOB (Free On Board, frete em que o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria). “Talvez os EUA possam vender algum milho para a China nas próximas semanas. No entanto, nas próximas três semanas, nada é mais importante para o mercado de milho do que o clima”, alerta o analista sênior da TF Agroeconômica, Luiz Carlos Pacheco.

E COMO VEM O MILHO DOS EUA?

As cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nessa terça-feira, pré-WASDE (Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial). “De olho na possibilidade de uma redução dos estoques e rendimento da safra americana pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), o mercado optou por uma posição comprada, apesar dos dados negativos do dia”, diz a Consultoria TF. 

“A melhora nas condições das lavouras, (mesmo que ainda abaixo da média histórica), os dados de inspeção abaixo da semana anterior e o andamento da safra brasileira seguraram qualquer possibilidade de uma alta expressiva, como aconteceu com a soja e trigo. A sustentação da cotação do milho depende apenas dos possíveis cortes no relatório WASDE”, conclui Pacheco.