Um novo estudo realizado por cientistas da North Carolina State University mostra que as temperaturas do solo podem ser usadas para monitorar e prever efetivamente a propagação da lagarta americana (Helicoverpa zea). Esta praga é coloquialmente chamada de verme do milho, embora não apenas destrua o milho, mas também a soja, pimentão, algodão, tomate e outras culturas.
Os pesquisadores combinaram dados históricos de temperatura do solo com monitoramento de longo prazo da lagarta do milho e informações laboratoriais sobre como a praga sobrevive em condições frias para entender melhor o "sucesso do inverno". A mudança climática está afetando o sucesso do inverno e pode expandir as áreas onde a praga prospera, já que a lagarta do algodão pode migrar por longas distâncias, dizem os cientistas. Consequentemente, há um risco maior de danos às culturas por esta praga mais ao norte.
“Existe uma noção preconcebida de que essas pragas não hibernam bem e não sobrevivem ao norte de 40 graus de latitude”, disse Douglas Lawton, ex-pesquisador da Universidade Estadual da Carolina do Norte e coautor do artigo. – Isso pode ter sido verdade na década de 1930, mas agora temos mais dados para responder à pergunta: “Onde esta espécie pode passar o inverno?”
Os cientistas desenvolveram seus próprios mapas, sobrepondo três conjuntos de dados diferentes para mostrar três áreas geográficas correspondentes: a "zona sul" onde as pragas sobrevivem aos meses de inverno, a área "limites norte" onde as pragas geralmente não conseguem passar o inverno e a "zona de transição" entre as áreas norte e sul, onde as pragas podem ou não sobreviver ao inverno.