Como o número de funcionários ficou perto do total de vagas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Alegrete, Marcos Rosse, não descarta a possibilidade de que a empresa tenha até de fazer contratações em breve. Do setor de abates, pelo menos 70 dos 90 funcionários aderiram ao PDV. Da sala de máquinas, praticamente todos saíram, citou o dirigente.
O auditor do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Mauro Müller, disse que a grande adesão ao PDV surpreende e acredita que “deve ter ocorrido por questões pessoais dos trabalhadores e descontentamento com as condições de trabalho”. Uma inspeção conjunta do MTE e do MPT feita no início desta semana verificou as condições de trabalho do local e resultará na emissão de um relatório da situação em 15 dias. As conclusões definirão se a empresa pode ou não instituir banco de horas na planta. Caso possa, a implantação ainda dependerá de aprovação dos trabalhadores em assembleia.
Müller explicou que o banco de horas não pode ser colocado em prática hoje porque a CLT impede a prorrogação da jornada de trabalho em atividade insalubre sem autorização do MPT. Se a conclusão dos inspetores for de que a empresa tomou medidas adequadas para proteger os trabalhadores do ruído, umidade e frio, entre outros agentes agressivos, a adoção do banco de horas será liberada. A empresa não se manifestou.