Segundo o levantamento Consórcio Antiferrugem, da Embrapa, neste mesmo período do ciclo passado os registros de ferrugem asiática no Mato Grosso foram de 26 focos, enquanto que na safra atual o número cresceu para 31 ocorrências, sem envolver nenhum municipio da região alagada do Estado.
De acordo com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) a região Centro-Sul é beneficiada em relação à ausência de doenças nas lavouras de soja devido ao clima seco durante a fase de desenvolvimento da planta, à periodicidade e quantidade de aplicações de fungicida, além de ser uma área recente no cultivo de grãos.
Sem registros de ferrugem asiática as plantações da cidade de Cáceres, por exemplo, passou a responder neste ciclo por aproximadamente 5 mil hectares de soja em Mato Grosso. Para o diretor da Fazenda Ressaca, Ilson Correa, que passou a administrar uma integração entre pecuária e lavoura, além do clima da região, as ocorrências de doenças se ausentaram pelo contínuo monitoramento técnico. “Apesar do recente cultivo de soja nesta área, já existe uma cultura de monitoramento diário nas lavouras, em que os profissionais se empenham para evitar perdas e garantir produtividade”, afirma Correa, responsável pela manutenção da Nelore Grendene.
Este é o primeiro ano em que se cultiva soja da Fazenda Ressaca, foram destinados 1.100 hectares à oleaginosa, com a expectativa de produtividade média de 45 sacas por hectare. Para a primeira experiência os responsáveis apostaram no plantio de quatro variedades. “Preferimos diversificar para que na próxima safra saibamos em qual variedade investir, seja ela tardia, de médio ou curto ciclo. O objetivo aqui é aumentar cerca de mil hectares ao ano e tornar Cáceres em um pólo de produção de grãos, assim como já somos em proteína animal”, destaca Ilson Correa.