Kátia Abreu realizou também quatro reuniões com a Casa Civil sobre as consequências da crise hídrica no setor agropecuário. Como uma ação inédita, realizou em conjunto com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reunião com os secretários de agricultura e de meio ambiente do todo o país, para discutir o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Licenciamento Ambiental. Dentro de sua proposta de diálogo, recebeu em audiências três governadores, 11 senadores e seis deputados. Além disso, teve três encontros com a presidente Dilma Rousseff.
Kátia Abreu também mencionou que já está em processo de negociação uma visita à China. “O objetivo é ampliarmos as opções de plantas frigoríficas, tanto de bovinos, como de aves e de suínos para exportação”, informou. Também está sendo desenvolvido, em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), um projeto para o combate à aftosa na América do Sul. “A ideia é fazermos uma interlocução com os demais países para tornar nosso continente o primeiro livre de aftosa no mundo”, contou.
Com relação a açúcar e álcool, a ministra comemorou o que considera vitórias nesta área, como a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide combustíveis) e o aumento do percentual de mistura do etanol na gasolina, que deverá ser alterado de 25 para 27 %. Kátia Abreu falou sobre a realização de leilões de fontes alternativas, com contratos para 20 anos, como forma de contribuir com a produção de energia e diversificar a matriz energética do país. Serão três leilões, sendo que o primeiro está previsto para o dia 24 de abril deste ano, com o objetivo de gerar 2.068 Megawatts de energia, a partir de janeiro de 2016 e outra partida para 2017. Outros dois leilões darão oportunidade para usinas atenderem também às chamadas públicas para a geração de energia a partir de biomassa para os anos de 2018 e 2020. Os contratos
Outro assunto abordado foi o Seguro Rural. Segundo a ministra, o modelo de seguro precisa ser repensado, dando ao produtor mais poder de negociação junto às seguradoras. Ela informou que o seguro não deve retroceder dos atuais R$ 700 milhões em 2015 e, ainda, pode ter um acréscimo na ordem de R$ 50 milhões por emenda do senador Romero Jucá (PMDB/RR). Ao ser questionada sobre possível arrocho no orçamento, Kátia Abreu foi categórica ao afirmar que não abre mão do seguro rural, “por uma questão de princípios”.
Em relação à elevação de 800 mil produtores para a classe média rural, uma das prioridades de sua gestão, informou que esse processo se dará por meio da assistência técnica, da qualificação por meio de programas de extensão rural, da expansão do crédito agrícola e da correção de imperfeições de mercado.
Sobre a defesa agropecuária, a ministra adiantou que o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) deve ser encaminhado à Casa Civil ainda no mês de fevereiro. O Regulamento vai substituir a norma atual que é de 1952.