Em Nova Mutum, o serviço é oferecido aos produtores pelo segundo ano consecutivo. Em 2014, depois de vários produtores se depararem com prejuízos a partir da avaliação das tradings, foram orientados pela equipe técnica da Aprosoja a adotar o trabalho de profissional especializado em classificação de grãos, credenciado inclusive pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Conforme o delegado do núcleo, Emerson Zancanaro, assim que o classificador começou a atuar, houve a equalização da qualidade. “Neste ano, estamos reeditando o projeto já de forma preventiva”, esclareceu.
Na cidade do médio norte, os produtores interessados podem procurar a sede do Sindicato Rural desde o dia cinco. O classificador fica na unidade e pode receber lá mesmo as amostras dos produtores. Os agricultores podem ainda solicitar a presença do classificador na propriedade para avaliar o produto dentro do caminhão, antes de ser entregue à trading. O serviço estará disponível até o dia 5 de março, em horário comercial, todos os dias, inclusive nos finais de semana e feriados.
“Desta vez, caso o produtor queira, ainda pode pedir a certificação do Ministério da Agricultura, pois a empresa contratada é credenciada. É um serviço caro, mas de classificação oficial. A empresa elabora o laudo de conferência e o submete ao Ministério”, anunciou o delegado da Aprosoja. No ano passado, cerca de 200 produtores da região de Nova Mutum fizeram uso do serviço de classificação, em virtude das avarias nos grãos.
Em Campo Verde, o projeto de classificação, aberto na semana passada, acontece pela terceira vez. A empresa contratada também oferece o profissional para atendimento diário na sede do Sindicato Rural da cidade em horário comercial. Assim como em Nova Mutum, os produtores podem levar suas amostras até o local ou solicitar a presença do classificador na propriedade para avaliação da carga. O serviço está programado para até o final de fevereiro, mas o prazo pode ser ampliado conforme a necessidade dos produtores locais.
A experiência em Campo Verde tem sido produtiva para os agricultores ao ponto de modificar a conduta de algumas empresas, de acordo com o delegado do núcleo local, Daniel Schenkel.
“Este projeto é muito importante para que o produtor tenha uma segunda opinião. É para mostrar que se ele está se sentindo lesado, tem um serviço à disposição, oferecido pela Aprosoja, para ter uma contraprova. Aqui em Campo Verde, já percebemos uma mudança nas empresas, para serem mais corretas, cientes que os produtores contam com a avaliação de um profissional especializado e credenciado pelo Ministério da Agricultura. Está melhorando muito”, avaliou.