Publicado em 22/06/2021 20h04

Açúcar “amargou” queda de 118 pontos na semana

O vencimento julho/2021 encerrou esta semana cotado a R$ 1,954 por tonelada
Por: Leonardo Gottems

O açúcar amargou uma queda estrondosa de 118 pontos na semana, ou mais de 26 dólares por tonelada acumulada em relação à sexta-feira anterior. A informação foi divulgada pelo especialista Arnaldo Correa, que é consultor, palestrante, técnico para arbitragens e professor de gestão de risco em commodities agrícolas, em sua conta no Linkedin. 

“Depois de bater R$ 2,093 por tonelada no início do mês de junho, o vencimento julho/2021 encerrou esta semana cotado a R$ 1,954 por tonelada, uma perda de R$ 139 por tonelada. Só para lembrar os leitores que dissemos aqui que éramos baixistas em reais por tonelada no curto prazo e altistas em centavos de dólar por libra-peso no longo prazo. Estávamos corretos”, comenta ele. 

Para as tradings a queda pode ser um alívio no fluxo de caixa. “As chamadas de margem com o mercado do açúcar ascendente chegaram perto de US$ 2 bilhões. Com a queda, algumas fixações por parte dos consumidores finais ocorreram e pelo menos 40% dos fluxos retornaram”, indica. 

“Mudando de assunto, como sabemos, a energia primária é toda a energia disponível na natureza antes de ser processada ou convertida. É o caso do petróleo cru, da energia eólica, da energia solar, para citar algumas. A energia elétrica não é energia primária, pois ela é uma variante (e dependente) de outras energias que podem ser uma hidroelétrica, uma usina nuclear, uma eólica, por exemplo”, completa. 

“A migração de uma forma de energia para outra leva tempo até que sua extração ou produção e distribuição seja economicamente viável e possa ser disponibilizada para um número crescente de consumidores. Para se ter uma ideia, o primeiro poço de petróleo foi perfurado em 1859 em Titusville, Pensilvânia. Levou mais de 100 anos para que o petróleo se tornasse a fonte energética dominante no planeta”, conclui.