Publicado em 07/12/2017 18h01

Indicador de preço dos alimentos da Ceagesp cai 1,38% em novembro

A companhia informou, em nota, que o bom volume de chuvas e o tempo mais quente contribuíram para uma produção de qualidade
Por: Estadão Conteúdo

O Índice de preços dos alimentos no atacado da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) encerrou o mês de novembro com redução de 1,38% em relação ao mês anterior. A companhia informou, em nota, que o bom volume de chuvas e o tempo mais quente contribuíram para uma produção de qualidade, que resultou em queda de preço significativa, exceto no setor de verduras, que já apresentava valores reduzidos.

Ainda segundo o Ceagesp, as chuvas ocorridas no mês passado favoreceram a maior parte dos setores, mas prejudicaram o de verduras, cuja redução na oferta impulsionou os preços. "A previsão dos meteorologistas para o mês em curso é de continuidade das precipitações, normal para o início do verão, com possibilidade de chuvas e ventos fortes que, se confirmadas, poderão prejudicar as culturas", estima a companhia, em nota.

Com o clima mais quente, o período de maturação dos produtos diminui, principalmente na cadeia de frutas, resultando em melhora da qualidade. "As Festas de fim de ano proporcionam um grande aumento na demanda e, mesmo com o aumento da oferta, podem representar um suporte para os preços", acrescenta a entidade.

Em novembro, o setor de frutas registrou alta de 0,59%. As principais elevações foram do abacate quintal (47,6%), das peras estrangeiras d'anjou (14,0%) e williams (13,4%), da atemoia (12,5%) e do mamão formosa (11,9%). As baixas mais relevantes ocorreram com o kiwi estrangeiro (-30,4%), com o maracujá azedo (-24,3%), com a carambola (-20,8%), com o figo (-16,6%) e com o limão taiti (-15,3%).

O setor de legumes registrou forte recuo de 12,33%. As principais reduções ocorreram com os pimentões amarelo e vermelho (-47,1%), com os tomates maduro e salada (-29,1%), com a vagem macarrão curta (-27,9%) e com a berinjela (-27,4%). Já os avanços mais significativos ocorreram com ervilha torta (44,0%), com a abóbora seca (37,4%) e com a mandioquinha (22,7%).

O setor de verduras apresentou forte crescimento de 10,77%. Os principais aumentos foram do coentro (75,0%), da escarola (58,4%), do agrião hidropônico (39,3%), da alface americana (35,1%), da escarola hidropônica (34,4%) e das alfaces crespa e lisa (28,7%). As principais retrações foram do salsão (-22,6%), do milho verde (-12,6%) e da couve flor (-9,1%).

O setor de diversos apresentou redução de 4,85%. As principais baixas ficaram por conta do coco seco (-13,8%), da batata comum (-12,5%), do amendoim com casca (-11,4%), da batata beneficiada lisa (-8,6%) e do alho nacional (-6,3%). Não houve alta nos produtos pesquisados.

O setor de pescados recuou 2,33%. As principais quedas foram apuradas na lula congelada (-33,5%), pescada (-22,3%), no namorado (-18,9%), pescada tortinha (-15,5%) e atum (-8,3%). As maiores altas ocorreram com o polvo (21,2%), com o cascote (20,5%), com o espada (13,4%), com a sardinha congelada (11,9%), e com a abrótea (10,8%).

O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 280.952 toneladas ante 275.689 negociadas em novembro de 2016. O crescimento de 1,91% no período avaliado, foi influenciado principalmente pelo setor de legumes, que apresentou grande oferta e bons preços, com destaque para o tomate. No comparativo acumulado do ano, houve um acréscimo de 3,62%. O volume passou de 2.905.158 toneladas negociadas em 2016 para 3.010.282 toneladas em 2017.