Publicado em 28/11/2017 17h20

Restrições ambientais na China aumentam demanda por algodão

Produtores brasileiros estão atentos à demanda chinesa
Por: Leonardo Gottems | Agrolink

As restrições ambientais impostas na China nos últimos anos pode beneficiar os produtores algodoeiros do Brasil na safra que começa. As limitações de fabricação na China têm levado a fechamento de plantas, incluindo centenas de fábricas de fibras sintéticas. Essas ações estimularam o aumento de preços internacionais e da produção da pluma.

Para alguns analistas, é o contrário do que havia acontecido no fim da década passada ou no início de 2016, quando houve queda no preço do petróleo e maior produção de fibras sintéticas na China, com maior poder do gigante asiático sobre os preços.

Para Henrique Snitcovski, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, o mercado observa que a proporção de fibra natural cresce nas misturas com fibra sintética. Com base nessa demanda que os produtores brasileiros têm intenção de aumentar a área. A superfície de aumentar em 20,3%, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).

De acordo com a Abrapa, se as margens permanecerem mais rentáveis que a do milho, a tendência é que a segunda safra atual da atual temporada seja de mais algodão em Mato Grosso e também na região do Matopiba.

Estimativas do Rabobank dizem que pode haver uma área plantada de um milhão de hectares na safra atual no Brasil, o que não ocorre desde 2013. O banco também prevê que a demanda mundial por fibra será 2% maior que no ciclo atual, maior que 26 milhões de toneladas.

Analistas convergem que os estoques de algodão da China estão sendo vendidos e as importações terão ritmo forte dentro de um ano.

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