Publicado em 11/10/2017 11h24

Curso da Embrapa discute formas alternativas de reflorestamento a custo mais baixo

Abordagem diferenciada do curso foi aprovada pelos participantes
Por: Elisângela Santos | Embrapa Pesca e Aquicultura

Um espaço para a troca de ideias e experiências entre extensão rural e pesquisa. Assim tem sido o curso “Adequação Ambiental da Propriedade Rural” que ocorre na Embrapa Pesca e Aquicultura desde ontem (09) e termina amanhã (11). Entre as propostas apresentadas, o conceito de que reflorestar não se limita ao plantio de mudas. “Uma forma muito mais econômica é o uso de sementes, que tem apresentado bons resultados e a um custo menos elevado do que na utilização de mudas”, destaca Alexandre Uhlmann, pesquisador da Embrapa Florestas (Colombo, PR) atuando no Tocantins, um dos organizadores do evento.

O curso é um dos resultados do Projeto Biomas e tem o objetivo de treinar extensionistas e fiscais de propriedades rurais sobre  o Programa de Regularização Ambiental  (PRA), com foco em restauração de áreas de preservação permanente e reservas legais previstas no Novo Código Florestal. No entanto, o treinamento está sendo uma oportunidade para a reflexão sobre diversos problemas ambientais, como as queimadas e pagamento por serviços ambientais, por exemplo.

A abordagem diferenciada está sendo aprovada pelos participantes. “O que o curso está apresentando nos faz repensar nossos próprios conceitos”, destaca Henrique Pereira Oliveira, agrônomo da Naturatins. Alisson Rolim, técnico de extensão rural da Ruraltins, também aprova. “Está sendo um treinamento amplo em várias temáticas, como o agroflorestamento e a adaptação de plantas, por exemplo. Nós tínhamos o conceito de que reflorestar era apenas formar novamente uma floresta. Mas vimos que é possível também devolver a vegetação trabalhando com mata do cerrado e até com plantas típicas do agreste”, afirma.

“Adequação Ambiental da Propriedade Rural” é o terceiro curso promovido pelo Projeto Biomas, cujo objetivo principal é inserir árvores no sistema produtivo e em áreas de preservação. Segundo Uhlmann, o evento está gerando importantes informações para o projeto, do qual é líder. “Como eles estão no dia a dia nas áreas de produção e de preservação ambiental, eles sabem mais do que ninguém onde há maior necessidade de intervenção aqui no estado”, destaca.  

O Projeto Biomas, é resultado da cooperação Embrapa e Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), e conta com o apoio da John Deere, Sebrae, BNDES. O treinamento tem como parceiros locais a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seagro) e a Unitins, além de outros como o ICMBio, a Rede de Sementes do Cerrado, a Critical Ecosystems, o Instituto Internacional de Educação do Brasil.