Publicado em 29/08/2017 17h50

Potencialidades e desafios da relação comercial entre Brasil e México

Foram firmados mais dois acordos, o ACE n. 54 e ACE n. 55, estes últimos no âmbito do Mercosul
Por: Cepea/Esalq

Nos últimos anos, o Brasil tem voltado sua atenção para impulsionar seu comércio com o México, por meio de acordos que objetivam reduzir ou até extinguir tarifas de importação comuns entre os dois países. Ademais, o México também tem demonstrado interesse em aprofundar suas relações comerciais com os países do Mercosul, em especial com o Brasil. Esses esforços resultaram no Acordo de Complementação Econômica – (ACE n. 53), firmado entre o Brasil e o México em agosto de 2002, e que determinou a eliminação ou redução das tarifas entre os dois países para aproximadamente 800 produtos. Ainda em 2002, foram firmados mais dois acordos, o ACE n. 54 e ACE n. 55, estes últimos no âmbito do Mercosul.

Mais recentemente, os dois países têm avançado em novas Rodadas de Negociações para ampliar e aprofundar o ACE n. 53. A necessidade de aprofundamento de novas parcerias comerciais se tornou mais urgente para o governo mexicano diante da revogação da Parceria Transpacífico pelo governo norte-americano e ameaças de alterações no Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio). Desse modo, Brasil e México têm enfatizado a importância de aprofundar a relação comercial e de investimentos entre as duas maiores economias da América Latina. Em pauta, há discussões sobre acesso a mercados e regras de origem, bem como negociações sobre facilitação de comércio, serviços e investimentos, medidas sanitárias e fitossanitárias, compras governamentais, barreiras técnicas ao comércio, propriedade intelectual, coerência regulatória, política de concorrência e defesa comercial.