Publicado em 20/07/2017 18h55

InterAgro: seminário sobre comércio exterior aborda potencialidades do setor

Apicultura, piscicultura e ovinocultura foram temas do seminário
Por: Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul

“No primeiro semestre de 2017, o agronegócio sul-mato-grossense respondeu por 94% das receitas geradas com exportação de Mato Grosso do Sul”. A afirmação foi feita pelo presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, durante a abertura do InterAgro – Rede Agropecuária de Comércio Exterior, realizada nesta quarta-feira (19), na sede da Casa Rural.

O evento, promovido pela CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e pela ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, abordou os principais temas em relação às negociações internacionais, como: abertura comercial; procedimentos sanitários; análises de mercados; entre outros. As potencialidades da apicultura, ovinocultura e piscicultura também são discutidas no seminário.Mauricio Saito destacou a importância das ações do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento que outorgou mais de 500 hectares de lamina d’água nos lagos das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, no rio Paraná, e dos recentes incentivos do Governo de MS voltados à piscicultura que viabilizaram a instalação de tanques-rede nessa região e poderá tornar Mato Grosso do Sul o 1º lugar do ranking nacional de produção de peixe.

Complementou pontuando o trabalho realizado pelo Sistema Famasul, por meio do Senar/MS. “Atendemos hoje, através da Assistência Técnica e Gerencial Piscicultura (ATEG) 70 propriedades rurais, em cinco municípios, além dos cursos de formação profissional rural que capacitam produtores”.

Sobre a apicultura, destacou que, conforme Cooperamis, Mato Grosso do Sul ocupa a 1ª posição em produtividade entre os estado produtores, sendo 50 quilos de mel produzido por colmeia. “Além de liderar o ranking, estamos produzindo um mel com, cada vez mais, qualidade.”

Quanto à ovinocultura, Saito pontuou que a distribuição geográfica do rebanho de ovinos apresenta seis municípios com mais de 15 mil cabeças, correspondendo a 19,7% do rebanho de MS.

O superintendente do SFA – Superintendência Federal da Agriculta, Celso Martins, também falou dos assuntos que foram analisados no evento: “Precisamos trabalhar intensamente a cadeia da apicultura, que inclusive já conquistou a identificação geográfica para o mel do Pantanal. Sobre a ovinocultura, Mato Grosso do Sul tem grande potencial”, ressaltou o dirigente em relação à necessidade do fomento e indução da assistência técnica.

Sobre a valorização da produção regional, o secretário da Semagro, Jaime Verruck, frisou que as adequações nas cadeias produtivas visando as exportações melhoram os processos produtivos e aumentam a credibilidade dos produtos. “Temos uma série de nichos de mercado que podemos acessar com a caracterização de produtos regionais. […] Somos altamente competitivos em commodities”, pontuou.

O assessor de relações internacionais da CNA, Pedro Netto, declarou que o evento visava aproximar cada vez mais o mercado do produtor rural brasileiro. “A ideia é despertar o interesse a partir do reconhecimento do potencial de cada cadeia, que inclui boa produção, qualidade e organização”.

O analista de Negócios Internacionais da Apex Brasil, Manoel França Junior, explicou a escolha dos três segmentos apresentados no Interagro: “O mel já é um produto com importante volume exportado pelo Brasil, mas com espaço para aumentar qualidade, como é o caso da produção de Mato Grosso do Sul, e que agrega valor na comercialização internacional”.

“Na piscicultura o estado tem ambiente propício para que, em médio prazo, consiga se posicionar como player importante no mercado. E na ovinocultura, é preciso analisar outros países exportadores, levando em consideração a organização da cadeia para fortalecer a atividade e conquistar interessados”, complementou.

Participaram da abertura, o vice-presidente do Sistema Famasul, Nilton Pickler; o superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan; os presidentes dos sindicatos rurais de Amambai, Ronan Nunes da Silva; de Corumbá, Luciano Aguiar Leite; e de Laguna Carapã, João Firmino Neto. Estiveram presente, ainda, o superintendente da Semagro, Rogério Beretta; o assessor institucional da OCB/MS, Sadi Depauli; e a diretora-executiva da Agraer, Gisele Faria.