Publicidade
Publicado em 01/12/2014 16h17

2º Fórum de Agricultura da América do Sul aponta tendências e estratégias para agronegócio global

Reduzir custos, aumentar a eficiência e abrir novos mercados estão entre os desafios para a expansão do agronegócio sul-americano. Foi o que destacaram as três conferências e oito painéis durante o 2º Fórum de Agricultura da América do Sul. O evento, realizado pelo Agronegócio Gazeta do Povo, reuniu 30 palestrantes e mais de 300 lideranças do setor, de 11 países, para discussões sobre sustentabilidade e inovação, em Foz do Iguaçu, nos dias 27 e 28 de novembro.
Por: Centro de Comunicação

forum

A maior demanda pelas commodities agrícolas deve continuar na safra 2014/15, com crescimento de 7,4% na produção e de 4,9% no consumo, segundo dados da Expedição Safra Gazeta do Povo. O consultor da AGR Brasil, Pedro Dejneka, destacou que o cenário atual é de crescimento dos estoques e readequação do mercado. O setor precisa superar a perda de arrecadação decorrente da queda nos preços das commodities. “Variações climáticas e a influência da China no mercado externo são os fatores que podem encurtar o ciclo de preços menores. Mas para isso é preciso que ocorram problemas climáticos”, prevê.

As discussões foram oportunas do ponto de vista factual, segundo Giovani Ferreira, gerente do Agronegócio Gazeta do Povo – que promove o evento. Segundo Ferreira, os países sul-americanos são importantes fornecedores no mercado global e precisam ter este termômetro do mercado para saber em que ritmo produzir. “Estamos entrando em um novo ciclo de preços e de mercado, mas não vamos deixar de crescer em participação no mercado internacional. Precisamos agora fazer a lição de casa e continuar a discutir integração, comércio e logística, para sermos mais competitivos”.

 

Temas transversais

A expansão exige também a renovação e a revisão das regras de comércio. A necessidade de demarcar as relações bilaterais ou entre blocos é crescente, conforme o árbitro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, Jorge Fontoura Nogueira. “Os países em desenvolvimentos têm muito interesse na regulamentação e há muito por fazer.”

O consultor da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Antônio Poloni, defendeu que a renda das exportações de carne no Brasil poderia ter sido 35% maior se houvesse mais investimentos em qualidade e sanidade. “São questões que dependem muito do poder público, mas precisamos fortalecer as alianças publico-privadas e a nossa representatividade internacional para superar barreiras e abrir novos mercados.” Nesse cenário, países como a Rússia e a Índia representam oportunidades para o agronegócio sul-americano, apontou o analista da Secretaria de relações Exteriores do Ministério da Agricultura do Brasil, Rinaldo Junqueira de Barros.

Quanto à inovação e sustentabilidade, o diretor geral brasileiro na Itaipu Binacional, Jorge Samek, destacou a tendência de consumo cada vez maior de biocombustíveis. O tema também foi abordado pelo presidente da Novozymes América Latina, Pedro Luiz Fernandes, que ressaltou o potencial de desenvolvimento em países emergentes a partir da bioeconomia. “Os biocombustíveis ainda vão continuar a ter muita demanda, então o etanol é uma grande aposta”.

 

3º Forum de Agricultura da América do Sul

O 1º Fórum de Agricultura da América do Sul foi realizado em 2013 pelo Agronegócio Gazeta do Povo, com a proposta de analisar o agronegócio mundial a partir da perspectiva sul-americana e antecipar análises. Neste ano, com o tema “Inovação e Sustentabilidade no Campo”, destacou tendências e estratégias que podem estimular a expansão. A continuidade das discussões está confirmada para os dias 10 e 11 de setembro 2015.

O 3º Fórum passa a ser realizado em parceria com a AGR Brasil, consultoria que faz parte da AgResource, empresa de informações do agronegócio com sede em Chicago, nos Estados Unidos. “Este é um espaço em construção que se consolida como palco de discussões da América do Sul. Nestes dois anos, aprendemos muito sobre as demandas regionais e globais, o que vai qualificar cada vez mais as discussões em um setor que tem forte demanda por informação”, disse Ferreira.

Em 2014, o 2º Fórum foi patrocinado pela Itaipu Binacional, Caixa Econômica Federal, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e AGRBrasil; teve apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Federação de Agricultura do Estado Paraná (Faep), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Souza Cruz e Agrotec.

Publicidade