Publicado em 01/12/2014 14h11

Entomologista da Fundação MT fala sobre pragas e tecnologia Bt em eventos do É hora de cuidar 2014

"Estratégias de manejo para sustentabilidade e qualidade da produção" é o tema da palestra que está sendo apresentada pela entomologista da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, Lucia Vivan, durante o É hora de cuidar 2014.
Por: Kassiana Bonissoni

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O evento começou no dia 10 de novembro e segue até cinco de dezembro levando informações importantes para a safra 2015/16. “Estamos apresentando as principais especificações para o manejo das principais culturas em relação às pragas e também das tecnologias Bt”.

Segundo a pesquisadora este é o momento de se falar sobre assunto. “É neste período que o produtor deve cuidar da lavoura e assim obter o melhor potencial genético de cada cultivar. Caso contrário, esse potencial pode ser prejudicado pelos fatores bióticos que ocorrem nas áreas, como pragas, doenças e nematoides, que irão interferir na produtividade e na qualidade dos grãos”.

Durante o evento, a entomologista da Fundação MT orienta atenção sempre do agricultor com relação ao cenário de pragas. “Estas populações estão, diretamente, relacionadas com a condição do ambiente por isso uma ou outra sempre acabará por infestar as áreas. Além disso, existem as plantas hospedeiras que estiveram presentes na entressafra, formando uma ponte verde e, assim possibilitando a manutenção desses insetos durante todo o ano”. 

O histórico dos ataques das pragas ao longo dos anos também pode ajudar o agricultor a ter um panorama atual e se antever as infestações. Contudo, Vivan lembra que mesmo assim, podem ocorrer ataques inesperados, já que

“a condição ambiental, o manejo da região e o deslocamento de alguns insetos entre as áreas e a paisagem agrícola também tem impacto no desenvolvimento das pragas”.

 

A campeã – Nos últimos 10 anos a largarta falsa medideira, Chrysodeixis includens, é a praga que mais tem dado trabalho aos produtores de soja do Mato Grosso.  A entomologista da Fundação MT, Lucia Vivan, destaca que isso ocorre devido ao seu hábito de permanecer na parte inferior das plantas. “Muitas vezes ela não é detectada no início da infestação, normalmente quando a cultura ainda está em uma fase de “não fechamento das linhas”, onde seu controle seria facilitado”.

Com a detecção mais tardia tem-se a dificuldade de atingir essa praga, principalmente, pois a soja está com as “ruas” fechadas. “Esse momento pode dificultar o controle das lagartas pequenas, ocasionando a sobra de lagartas que continuará a manter essa população, em alguns casos, permanentemente nas áreas. O ataque de lagarta falsa-medideira causa desfolhas e ataque em flores, gerando abortamento de flores e consequentemente perdas de produtividade”, finaliza.

 

O evento - Hoje, 1° de dezembro, segunda-feira, começam os encontros da terceira rodada do evento. O primeiro município desta etapa é Confresa, no Vale do Araguaia no MT, a partir das 18h, na Churrascaria Boi na Brasa. Amanhã, recebem o É Hora de Cuidar 2014, Querência, as 7h30, e Canarana, às 18h, também na mesma região do Estado.