Publicado em 12/04/2017 17h02

USDA revisa para cima produção global de milho

Estimativa para Brasil e Argentina também foram reajustadas, mas a dos Estados Unidos foi mantida
Por: Raphael Salomão

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima a projeção de safra mundial de milho para o ciclo 2016/2017. No relatório de oferta e demanda de abril, divulgado nesta terça-feira (11/4), o número passou de 1,049 bilhão para 1,053 bilhão de toneladas.

Ainda de acordo com os técnicos do governo dos Estados Unidos, o consumo doméstico do cereal deve ser de 1,042 bilhão de toneladas em escala global. A estimativa de exportações mundiais passou de 152,92 milhões para 154,41 milhões de toneladas. Os estoques finais devem ser de 222,98 milhões de toneladas.

“As principais mudanças no comércio global para 2016/2017 foram a elevação das exportações do Brasil e da Argentina, com esperado aumento da competição com esses dois países tendo impacto no ano comercial nos Estados Unidos”, diz o USDA.

A previsão para a safra norte-americana de milho foi mantida em 384,78 milhões de toneladas. O mesmo foi feito com as estimativas para o consumo interno – 314,85 milhões – e para as exportações do país – 56,62 milhões de toneladas. O estoques também tiveram a estimativa mantida em 58,93 milhões de toneladas.

O USDA reajustou a estimativa para a produção de milho do Brasil. O número passou de 91,5 milhões para 93,5 milhões de toneladas. “A produção do Brasil foi reajustada para cima com a projeção de maior área na segunda safra. Os dados mais recentes do governo indicam um aumento acima do esperado tanto no Centro-Oeste quanto no Norte”, explica o relatório do USDA.

Foram revisadas para cima também as projeções de consumo interno – de 59,5 milhões para 60 milhões de toneladas – e exportações – de 31 milhões para 32 milhões de toneladas. Ainda assim, os técnicos do USDA elevaram o número para os estoques finais do cereal no Brasil. A estimativa passou de 7,84 milhões para 8,57 milhões de toneladas.

Em relação à safra de milho da Argentina, o USDA passou a prever uma colheita de 38,5 milhões de toneladas. Em março, os técnicos acreditavam que as lavouras argentinas renderiam um milhão de toneladas a menos.

“A produção da Argentina foi reajustada com a colheita indicando produtividade maior que a esperada”, diz o USDA.

O consumo interno de milho no país deve ser de 10,7 milhões de toneladas e a exportação de 26 milhões. A sobre da safra 2016/2017 deve ser de 2,86 milhões de toneladas.

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