No momento, os preços destes produtos têm mantido uma certa estabilidade tanto nos valores pagos ao produtor como no varejo. No entanto, tendem a ficar mais caros a partir da segunda quinzena de dezembro. No Paraná, a produção destas frutas não é muito intensa, o que também faz os preços locais ficarem mais altos.
O economista e coordenador da pesquisa da Cesta Básica em Londrina, Flávio Oliveira dos Santos, prevê que os preços dessas frutas comecem a subir a partir do segundo final de semana do próximo mês. Além de demanda maior por estes alimentos, ele disse que as variedades importadas vão sofrer o impacto da alta do dólar. "Vai ser um ano de frutas mais caras por causa do dólar", estima.
Além disso, ele acredita que o aumento dos preços dos combustíveis também vá refletir no valor do frete e, consequentemente, no valor final dos produtos para o consumidor. "Será uma cesta de Natal mais cara neste ano. O consumidor vai ter que pesquisar preços ou até substituir produtos", ponderou.
O engenheiro agrônomo e responsável pela área de fruticultura do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Paulo Andrade, acredita que na semana do Natal a tendência é dar uma repicada nos preços no varejo. "Isso também vai depender do fôlego do consumidor", afirmou.
Atualmente, a maior produção do Paraná de frutas de caroço é de pêssego com 14 mil toneladas em 2013, o que representou 7% da produção nacional