Publicado em 17/11/2014 14h48

Preços agropecuários sobem 1,94% em outubro

O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou alta de 1,94% no mês de outubro de 2014, revela o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Por: Agrolink

Os produtos que apresentaram altas foram: o tomate para mesa (32,85%), a banana nanica (23,22%), feijão (17,11%), a batata (10,74%), o café (9,03%), carne suína (8,13%), laranja para mesa (7,66%), carne de frango (4,40%), o milho (3,12%), carne bovina (3,05%), arroz (1,88%), laranja para indústria (1,55%) e o amendoim (1,52%).

As condições climáticas com calor e falta de chuva, associado a dificuldade de irrigação devido ao baixo volume de água, prejudicou a produção do tomate para mesa elevando os preços recebidos pelos produtores. No caso da banana, a seca que atingiu o vale do Ribeira gerou perdas que diminuíram a oferta do produto no mercado paulista e, consequentemente, elevaram os preços recebidos pelos produtores, afirmam José Alberto Angelo, Danton Bini e Celso Luís Vegro.

Para o feijão e a batata, tem-se leve redução da oferta que elevou os preços, porém essas variações altas refletem mais aos preços baixos praticados no mês anterior, quando se teve boa produção.

No café, a anomalia climática incidente no primeiro trimestre de 2014 (e que se mantém com o início da primavera) sobre os principais cinturões cafeicultores, impôs prejuízos à formação e enchimento dos frutos com diminuição da peneira, má formação e chochamento das sementes. Em razão dessa ocorrência houve reflexos sobre a precificação do produto por parte dos operadores do mercado (nacional e internacional), estabelecendo fortes altas em suas cotações.

Para a laranja de mesa, a forte estiagem que acometeu as plantações durante todo o ano de 2014 reduziu a oferta do produto devido a perda da qualidade do fruto, aumentando o preço recebido pela caixa de 40,8 Kg comercializada pelos produtores paulistas.

Na carne bovina, os motivos climáticos diminuíram a disponibilidade de pastagens para os pecuaristas de carne, o que reprimiu a presença de seus produtos no mercado, elevando seus preços na média em 3,05% neste mês. Na comparação de outubro/14 com outubro/13, a carne bovina registra alta de 22,90%.

Já os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foram: o trigo (6,43%), a soja (4,65%), os ovos (2,51%), algodão (1,81%), o leite cru resfriado (0,63%) e a cana de açúcar (0,37%).

A queda da cotação do trigo (commoditie) é reflexo da boa produção nos países da Argentina, Uruguai e Paraguai, onde parte do trigo é exportado para o Brasil afetando os preços internos. Para a soja e algodão, também commodities agrícolas, a produção mundial mais os estoques estão acima do que se espera consumir, tal fato interfere nas bolsas internacionais e derrubam os preços internos recebidos pelos produtores.

No acumulado dos últimos 12 meses o IqPR registrou variação positiva de 11,16%. Os produtos que tiveram preços reajustados em patamares mais elevados que a inflação foram: café (92,25%), tomate para mesa (36,66%), laranja para indústria (24,95%), carne bovina (22,90%), laranja para mesa (19,65%), carne suína (18,64%) e arroz (10,48%). O valor do ATR da cana-de-açúcar (4,46%) apresentou variação positiva abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Já os produtos que apresentaram reduções de preços nos últimos 12 meses foram batata (48,90%), trigo (42,57%), feijão (31,04%), algodão (22,21%), ovos (17,53%), soja (14,92%), banana nanica (7,23%), leite cru resfriado (7,08%), carne de frango (3,66%), milho (2,04%) e amendoim (1,53%).

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