Publicado em 30/09/2014 11h16

Carne de frango: evolução do preço médio de Brasil e EUA no mercado internacional

Embora nos últimos meses venha evoluindo positivamente, o preço alcançado pela carne de frango exportada pelo Brasil nos oito primeiros meses de 2014 continuou inferior ao de períodos anteriores, com queda de 6,3% na comparação com os mesmos oito meses de 2013, de 6,88% em 12 meses e de 3,7% em relação à média dos doze meses de 2013.
Por: Avisite

Embora nos últimos meses venha evoluindo positivamente, o preço alcançado pela carne de frango exportada pelo Brasil nos oito primeiros meses de 2014 continuou inferior ao de períodos anteriores, com queda de 6,3% na comparação com os mesmos oito meses de 2013, de 6,88% em 12 meses e de 3,7% em relação à média dos doze meses de 2013.

Entenda-se, porém, que essa negatividade de preços não representa enfraquecimento do produto brasileiro, mas apenas contingência do mercado internacional. Tanto que os EUA – o segundo grande “player” mundial do setor, logo após o Brasil – também registra, por ora, preço menor que o do ano passado. Ou, em comparação à média de 2013, queda de 3,5% nos oito primeiros meses de 2014 – uma diferença de apenas 0,2 ponto percentual a menos que o produto brasileiro.

De toda forma, no decorrer do tempo, o Brasil vem extraindo do mercado internacional resultados melhores que os obtidos pelos EUA. E isso é comprovado ao igualar-se em 100 no ano de 2005 os preços recebidos pelos dois países.

Assim, em 2008, quando ocorreu um “boom” de demanda e de preços que acabou podado por crise econômica que persiste há seis anos, o preço médio alcançado nos EUA foi quase 20% superior ao de 2005, enquanto no Brasil esse ganho superou os 50%.

É verdade que, na sequência (2009), as perdas brasileiras foram bem mais sensíveis que as norte-americanas. Mas mesmo assim, os preços do Brasil permaneceram com índices de evolução superiores aos dos EUA. E ainda que o diferencial tenha se reduzido, no momento (ou seja, na média janeiro-agosto de 2014) os EUA operam com valor 40% superior à média de 2005 e o Brasil com uma diferença de 58%.

A próxima evolução dessa situação é, por ora, uma incógnita. Pois se a carne de frango brasileira tende a uma forte valorização com o embargo russo aos EUA e a outros países, o produto do bloco embargado tende à desvalorização. E o balanço final pode resultar em um simples “zero a zero”.

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