Se houver chuvas suficientes para recuperar o déficit hídrico do solo, será o intervalo com maior incremento no ritmo de plantio já registrado nos acompanhamentos semanais feitos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Para órgão, os próximos dias serão decisivos para se ter uma radiografia do que será, de fato, a safra 2014/15 de Mato Grosso, tanto na ‘safrona’, como na safrinha.
Apesar de alguns registros de chuvas do dia 19 em diante, o plantio segue atrasado. As precipitações não vieram como o esperado e as previsões apontam para intensificação apenas a partir de novembro. Para o Imea, nesse contexto, a maior preocupação se volta para o potencial produtivo da segunda safra, que deve sofrer impactos.
O produtor tem maquinário para cultivar a nova safra de soja em tempo recorde e tentar descontar o atraso, mas precisa de água e as precipitações seguem, até o momento, longe de satisfazerem as necessidades do solo e da safra. “Essa corrida contra o tempo será uma tentativa para amenizar o grande problema no calendário da segunda safra de milho {cultivada a partir de janeiro/15}, com a última semana do mês de outubro sendo o divisor de águas para a consolidação da área e do potencial produtivo da segunda safra mato-grossense 2014/15”, apontam os analistas do Imea.
Como explicam os analistas do Imea, a penúltima semana de outubro deveria ter encerrado com mais de 50% da superfície coberta e o mês com cerca de 70% e cidades como Lucas do Rio Verde perto da conclusão. “O atraso não deve prejudicar a produtividade da soja, mas sim o potencial de área da segunda safra, como algodão e principalmente, o milho”, ambas sucedem a soja e têm janela de plantio estabelecida. O atraso no plantio da safra principal estreita a possibilidade de uma safrinha boa a cada dia que passa.
