O encontro aconteceu no Palácio da Abolição e contou com a presença de secretários de governo e parlamentares.
De acordo com o empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da Agrícola Famosa, a crise hídrica tem afetado a produtividade das áreas plantadas. “No Tabuleiro de Russas, minha empresa vai ter de paralisar 1.500 hectares de melão e melancia. Isso corresponde à exclusão de 1.500 trabalhadores para esse plantio”, destaca. O plantio está comprometidos.
Ele afirma também que a região possui 2.500 hectares de culturas perenes, tais como banana, mamão e goiaba. “Sem reversão imediata, essas culturas não terão sustentabilidade. Pequenos agricultores também dependem da irrigação”, ressalta.
O presidente da Itauera, Carlos Prado, tem adotado estratégias de convivência com o problema da seca. Uma das alternativas foi mudar o período de plantio do melão, além de expandir de aumentar as áreas plantadas da fruta nos estados do Piauí e Bahia.
“O Governo deu demonstrações que está ciente da importância do setor. Sem confiança, poderia haver um afastamento dos investidores”.
O Governo do Estado informou, por meio da assessoria da Casa Civil, que as demandas serão analisadas e discutidas internamente. E garante que novos encontros com o setor ocorrerão ao longo do ano. “o governador reiterou o compromisso com o setor de agronegócio e que todas as medidas estão sendo tomadas para minimizar os efeitos da seca no Ceará”, dizia a nota.
Saiba mais
Defensivos agrícolas
Outra demanda tratada pelo setor do agronegócio diz respeito à possível cobrança do ICMS para defensivos agrícolas. Empresários argumentam que, com a tributação, o alimento produzido no Estado tende a firmar mais caro e, como consequência, perder a competitividade com itens produzidos em outros estados.
Medidas
O Governo do Estado informou que entre as medidas emergenciais para combater a seca estão as obras de transferência hídrica, construção de poços profundos, entre outras.
