A produção de carne suína no Brasil atingiu a marca de 5,3 milhões de toneladas em 2024, impulsionada pelo abate de 57,6 milhões de animais, conforme dados da Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE. Apesar do recorde, o crescimento anual foi o menor da última década, registrando um aumento de 0,6% (29,9 mil toneladas), significativamente abaixo da média de 5,3% (214 mil toneladas) dos últimos dez anos. As informações são do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral).
As exportações também alcançaram um volume inédito, totalizando 1,3 milhão de toneladas, representando um avanço de 8,9% em relação a 2023. Consequentemente, cerca de 75,5% da carne suína permaneceu no mercado interno. No entanto, a disponibilidade para consumo interno apresentou uma queda de 1,8%, equivalente a uma redução de 74 mil toneladas, o que contribuiu para o aumento dos preços.
De acordo com o Deral, o preço do quilo da carcaça suína no atacado registrou um aumento de 13,8%, passando de R$ 10,42 para R$ 11,86. Esse aumento reflete a maior demanda externa e a menor oferta interna, fatores que exercem pressão sobre os preços da carne no mercado nacional.