Mato Grosso, líder na produção e exportação de carne bovina no Brasil, projeta um cenário promissor para 2025, com um aumento nas exportações impulsionado pela alta demanda global. A qualidade do produto, investimentos em tecnologia e a abertura de novos mercados consolidam o estado como protagonista no agronegócio mundial.
A China continua sendo o principal destino da carne bovina mato-grossense, mas o estado vislumbra oportunidades estratégicas no Japão e na Coreia do Sul, mercados conhecidos por suas exigências de qualidade e alto valor agregado. "Estamos otimistas com as negociações em andamento. Esses mercados representam grandes oportunidades para cortes especiais, e Mato Grosso tem capacidade para atender essa demanda", afirma Bruno de Jesus Andrade, diretor Técnico-Operacional do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac).
A infraestrutura logística do estado, com destaque para o Porto de Santos (responsável por 50,58% do volume exportado) e o Porto de Paranaguá (32,67%), é fundamental para manter Mato Grosso no topo da cadeia produtiva. Além disso, o acordo entre Mercosul e União Europeia deve impulsionar o setor, com a redução gradual das tarifas da cota Hilton, facilitando a exportação de cortes nobres para o mercado europeu, onde a tonelada atinge cerca de US$ 7 mil, valor superior ao praticado com a China (US$ 4 mil).
Com o maior rebanho bovino do país, Mato Grosso aposta na intensificação da pecuária em áreas já abertas, recuperando cerca de 7 milhões de hectares de pastagens degradadas com tecnologia e manejo adequado, aumentando a oferta de carne sem a necessidade de desmatamento.
Em 2024, o estado exportou 630 mil toneladas de carne bovina, movimentando mais de 2 bilhões de dólares. A China foi responsável por quase metade desse volume (284 mil toneladas), mas outros mercados como Emirados Árabes Unidos, Egito e Turquia também registraram crescimento expressivo, com os Emirados ampliando sua fatia de mercado de 4% para 10%, evidenciando a diversificação dos destinos da carne mato-grossense.
