Publicado em 13/08/2024 20h34

Práticas para um café mais sustentável

Missão conjunta da Semadesc e Sebrae traz experiências da Serra da Canastra para agregar valor a produtos da região pantaneira.
Por: Semadesc - Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação

Missão viabilizada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em conjunto com o Sebrae/MS e em parceria com a ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável) foi até a região da Serra da Canastra, em Minas Gerais, para promover intercâmbio técnico com os produtores e associações locais com o objetivo de promover e valorizar os produtos de origem pantaneira.

“A missão técnica à Serra da Canastra foi uma ação do convênio entre a Semadesc e o Sebrae objetivando aumentar a competitividade das cadeias produtivas da carne, queijo, mel e turismo. A imersão nas experiências exitosas da região da Serra da Canastra nos possibilitará avaliar e, se for o caso, redirecionar nossos esforços buscando a adoção de práticas associativas entre os produtores e empresários, além da indicação geográfica para os produtos sul-mato-grossenses”, comentou o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna.

No ano passado, a ABPO foi até o Pampa Gaúcho para entender como foi concedida a Indicação da carne dos Pampas, visitou várias fazendas e coletou dados e informações. Desta vez, com o suporte da Semadesc e do Sebrae MS, foi organizada nova Missão Técnica para conhecer a Serra da Canastra, região mineira reconhecida pelos queijos e café.

“Foi uma experiência muito rica, tivemos a oportunidade de conhecer o sistema de produção de algumas propriedades e observamos a diversidade de sistemas. Vimos desde o sistema bem artesanal, com a participação da família em todos os processos, como o sistema mais empresarial, gerido pelo proprietário, mas com toda a estrutura de colaboradores feita por funcionários contratados, desde a gestão diária até a parte de trabalho. Formamos uma comitiva com várias importantes entidades que atuam no Pantanal e voltamos com uma bagagem muito rica para a finalização da implementação da IG da carne pantaneira e para estimular a criação de outras IGs, como a do queijo e a do mel pantaneiro”, enfatizou o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.

Além da participação da ABPO, várias instituições de destaque no Pantanal marcaram presença na Missão. Participaram representantes da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Pantanal, Famasul, Sindicato Rural de Corumbá e demais entidades, incluindo a Famato do estado do MT.

“Pudemos ver na leiteria que ganhou o primeiro prêmio para Minas do Queijo da Canastra o quanto eles conseguiram agregar valor a esses produtos que têm reconhecimento do local de origem. Sabemos que trazer essa proposta para o bioma pantaneiro envolve grandes desafios; temos muitas etapas a cumprir, mas não tenho dúvida de que isso acontecerá em breve”, pontuou o diretor-tesoureiro da Famasul e um dos membros da expedição, Frederico Stella.

Além da primeira queijaria premiada na região e outras propriedades que também produzem queijo e café, o grupo visitou a Associação de Produtores de Queijo da Canastra (APROCAN), cooperativas, inclusive uma educacional, e a Associação dos Cafeicultores da Canastra (ACANASTRA). A Indicação Geográfica da Carne Pantaneira está em fase de conclusão e o pedido está prestes a ser protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

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