Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) alguns fatores contribuíram para essa baixa expressiva na quantidade de animais encaminhados à indústria. Dentre eles, a oferta de animais terminados que permanece restrita, sendo evidenciada pela curta escala de abate de 5,3 dias, valor 10,75% menor que no mesmo período do ano anterior. Com isso, a utilização da capacidade frigorífica neste início de ano está em apenas 46,26% do máximo instalado. Além disso, a greve dos caminhoneiros dificultou o abate em todo o Estado.
O gerente de projeto da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fábio da Silva, ressalta que a baixa oferta de animais contribuiu para a manutenção dos preços do boi gordo. De acordo com ele, os preços estáveis devem se manter ao longo do ano. "Para 2015, as nossas estimativas apontam para uma das menores ofertas de boiadas dos últimos anos para o Estado”. Mato Grosso detém o maior rebanho de bovinos do país, com cerca de 28 milhões de cabeças.