Enquanto a legislação para apoiar o mercado de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF) está em tramitação no Congresso Nacional, os Estados Unidos e a União Europeia já estão com suas respectivas leis bastante avançadas, segundo análise do Rabobank. Países europeus, EUA e Japão possuem mercados de combustíveis bem maiores do que o Brasil. No entanto, os participantes do setor de etanol nacional estão otimistas com a possibilidade de entrar de forma competitiva no mercado de exportações, uma vez que as emissões de carbono relacionadas à produção de SAFs no Brasil são baixas.
A adoção do SAF não altera significativamente os paradigmas do mercado nacional em termos de volume, mas a produção local pode evoluir para um "mercado premium". Muitos grandes fornecedores de etanol no Brasil já possuem vínculos com os principais distribuidores de combustíveis no país, incluindo o SAF.
A construção de instalações para a produção de SAFs exige um enorme investimento, que, embora ainda não tenha sido anunciado no Brasil, está em análise. Vale ressaltar que, apesar das diversas incertezas em torno da evolução deste mercado, os setores de cana-de-açúcar e etanol estão explorando alternativas em termos de produtos e mercados.
Essa perspectiva é particularmente relevante, pois coloca o Brasil em uma posição estratégica única para aproveitar plenamente as oportunidades emergentes no mercado global de SAF. A combinação de baixas emissões de carbono e a experiência consolidada no setor de etanol não apenas pode fornecer uma vantagem competitiva significativa, mas também fortalecer a liderança do país na transição para uma economia mais sustentável e eficiente em termos de recursos.