De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, não há motivos importantes de alta no mercado de soja e isso faz com que a recomendação de venda da oleaginosa siga. “Nossa recomendação continua a mesma, desde outubro do ano passado: venda o que resta de sua produção de safra velha e fixe preço da próxima safra antes que os preços caiam mais”, comenta.
No mercado internacional, o aumento da demanda chinesa de 105 para 108 milhões de toneladas poderia ser um fator altista significativo, caso se concretize. No Brasil, a alta da demanda e dos preços do óleo de soja também poderia ser altista, mas a falta de destino para o farelo produzido limita esse impacto. Segundo a TF Agro, os ganhos com o óleo são compensados pelas perdas com o farelo, resultando em quedas de 3,52% nos preços do grão no mês e 4,63% na semana.
A recente análise do USDA não reverteu a queda dos preços, que atingiram o pior nível em quase quatro anos. A redução do estoque final de 2023/2024 nos EUA, de 9,53 para 9,40 milhões de toneladas, foi insuficiente para trazer otimismo. A manutenção da colheita brasileira em 153 milhões de toneladas e o aumento das previsões de exportações para 103 milhões, superiores às estimativas da Conab, também não ajudaram. Na Argentina, a produção foi ajustada para 49,50 milhões de toneladas, enquanto as vendas externas aumentaram de 4,60 para 5,60 milhões.
O mercado foi cético sobre o aumento das importações chinesas previsto pelo USDA, de 105 para 108 milhões de toneladas em 2023/2024. Apesar do aumento nas importações chinesas de soja em junho para 11,11 milhões de toneladas, o total de janeiro a junho caiu 2,2% em relação ao ano anterior, somando 48,48 milhões de toneladas. A produção americana de 2024/2025 foi ajustada para 120,70 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo do relatório anterior, mas acima das expectativas dos analistas.