Reportagem do site da Veja Negócios destaca que Mato Grosso do Sul deve receber investimento no valor de R$ 2 bilhões até 2030 com a instalação de uma usina de hidrogênio verde, empreendimento fruto de acordo de cooperação entre a UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), RBCIP (Rede Brasileira de Certificação Pesquisa e Inovação e a empresa Green World Energy Hydrogen (GWE). Na usina, também serão capacitados cerca de 500 especialistas, professores e engenheiros.
A RBCIP, em parceria com a empresa Green World Energy Hydrogen (GWE), concluiu recentemente uma missão à China para acompanhar um Teste de Aceitação de Fábrica (FAT) de um eletrolisador de última geração, que será usado na usina de hidrogênio verde a ser instalada no campus da UFMS. A estimativa é de que essa fonte de energia limpa e sustentável possa gerar um faturamento de R$ 150 bilhões no Brasil até 2050, sendo que R$ 100 bilhões seriam provenientes das exportações da commodity, segundo a pesquisa Green Hydrogen Opportunity in Brazil.
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) destaca que “a iniciativa da UFMS, com os investimentos em pesquisa e extensão para a produção de energia limpa e renovável, aliada ao empreendimento da Green World Energy Hydrogen seguem a linha estratégica do Governo do Estado para promover o processo de transição energética em Mato Grosso do Sul, preconizado pelo MS Renovável, visando o MS Carbono Neutro”.
O titular da Semadesc lembra também do LaTES (Laboratório de Tecnologias Avançadas em Energia e Sustentabilidade) do Instituto de Física da UFMS, que foi viabilizado por meio da Chamada Carbono Neutro lançada em 2022 pelo Governo do Estado, por meio da Semadesc e Fundec. O LaTES vai auxiliar os pesquisadores da Instituição nos estudos relacionados ao GLP e ao Hidrogênio Verde.
De acordo com a UFMS, a usina de hidrogênio verde a ser instalada no campus da instituição deverá ser inaugurada ainda em 2024 e terá como objetivo principal explorar diversas rotas para a produção de hidrogênio verde, incluindo o uso de água subterrânea e fontes renováveis de energia. Além disso, a parceria entre a UFMS e a RBCIP prevê o envolvimento de profissionais de diversas áreas, desde engenharia e química até economia e gestão ambiental, para garantir a viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto.