A TF Agroeconômica recomenda que os produtores aproveitem os momentos de alta para fixar o preço do grão de soja, garantindo uma média de lucros percentuais durante o ano. A análise gráfica da soja indica uma tendência "moderadamente altista", devido à análise positiva do óleo de soja, embora este esteja "overbought", sugerindo uma possível reversão de preço a curto prazo.
Em contraste, a análise do farelo de soja é negativa, refletindo uma demanda menor. No Brasil, enquanto o óleo de soja teve um aumento de 22,61% no ano, 19,71% no mês e 4,37% na semana, o farelo de soja registrou quedas de -6,12% no ano, -1,36% no mês e -0,51% na semana. Portanto, o que o óleo agrega ao preço do grão, o farelo retira, limitando a alta a ser paga aos produtores.
Para a próxima safra, a TF Agroeconômica destaca que o preço de cobertura permitido pela atual cotação da soja em Chicago, para maio de 2025, fechou ao redor de $1157/bushel, o que equivaleria a cerca de R$127,52/saca, dependendo do dólar. Isso corresponderia a um lucro de 23,67%, após descontar todos os custos de produção. Devido à previsão de queda nos preços, resultante de um aumento significativo na produção (estimado em 26,35 milhões de toneladas a mais do que a safra atual, segundo o último relatório do USDA), a recomendação é que os clientes fixem os preços agora.
No entanto, é crucial não vender a soja no mercado físico antecipadamente, para evitar problemas com os compradores caso a colheita seja menor que o esperado. Em vez disso, aconselha-se a fixação de preços no mercado futuro, onde apenas uma pequena operação financeira é necessária. Assim, se a colheita não for realizada, não haverá necessidade de entrega e ainda será possível obter algum lucro sobre as sacas não colhidas.