Publicado em 03/07/2024 18h45

Novos biofungicidas são lançados no Brasil

São três novos produtos biológicos que irão promover um impacto significativo no manejo do produtor. Isso porque são alternativas seguras e ambientalmente corretas para controlar doenças de alto poder destrutivo
Por: Pec Press

Com 14 fábricas na Europa, Brasil, África do Sul, México e EUA, a empresa escolheu a Hortitec, que ocorreu na cidade de Holambra, no interior de São Paulo, de 19 a 21 de junho, como palco para anunciar os novos biofungicidas Row-Vispo, Ospo Vi55 e Milarum. Os lançamentos devem movimentar o mercado de biossoluções para agricultura no país, hoje estimado em R$ 6 bilhões.

“São três novos produtos biológicos que irão promover um impacto significativo no manejo do produtor. Isso porque são alternativas seguras e ambientalmente corretas para controlar doenças de alto poder destrutivo e ainda com o diferencial de reduzir, de forma substancial, a resistência causada por defensivos químicos”, explica Bruno Dias Castanheira, gerente de Produtos da Rovensa Next Brasil.

Biocontrole da ferrugem

A ferrugem do café existe em território nacional desde 1970 e o primeiro caso na soja data de 2001. Ambas espécies possuem alta capacidade destrutiva. No caso da oleaginosa, as perdas podem chegar a 90% enquanto, no cafeeiro, atinge 50%. O engenheiro agrônomo e gerente de Produtos da Rovensa Next Brasil alerta que o fungo causador da enfermidade se dissemina rapidamente pelas plantações. “Então qualquer tipo de falha no manejo de controle é fatal”, adverte o especialista. 

E para o controle dos dois tipos de ferrugem (e também de manchas foliares da soja) que a Rovensa Next trouxe o biofungicida Row-Vispo, elaborado a partir de uma cepa exclusiva de Bacillus subtilis combinada com a tecnologia Bioevology®. O produto poderá ser utilizado tanto sozinho quanto alternado com outros fungicidas químicos, na quantidade de 0,75kg/ha. Bruno Castanheira recomenda três aplicações de Row-Vispo, com intervalos de dez dias, iniciando-se na florada, intercaladas com os fungicidas convencionais.

Biocontrole do oídio

A região nordeste é um grande polo produtor de melão, em Mossoró (RN), e uva, em Petrolina (PE), e sofrem constantemente com a incidência de oídio, uma doença responsável por sérias perdas em regiões quentes e úmidas. “Quando tem chuva, você pode ter um problema seríssimo com o oídio. Ele se desenvolve rápido nas folhas e nos frutos, causando perdas de 40% da produção”, informa o agrônomo.

Segundo ele, outro agravante no controle das doenças nos cultivos de HF são os resíduos de defensivos agrícolas, cada vez menos tolerados tanto no mercado interno quanto externo, reduzindo as opções de produtos para controle. 

Para preservar a saúde das videiras e de cucurbitáceas, o especialista recomenda três aplicações a uma taxa de 1,5kg/ha de Ospo Vi55. Dependendo da intensidade da infestação e cultura, aumenta-se para seis. 

Biocontrole do míldio e da requeima

O míldio é outra enfermidade de grande impacto na produção de tomate e a requeima da batata simplesmente foi responsável pela “Grande Fome” na Europa, quando dizimou os campos de batata, matando 1 milhão de pessoas por inanição. O carboidrato era a base alimentar no século XIX. 

“São duas doenças agressivas nas culturas, com poucos produtos registrados para estes alvos e que requerem cuidados extras, especialmente nos momentos de clima ameno, exigindo um manejo preventivo imediato”, lembra Castanheira. 

Para um controle eficaz, sugere de quatro a oito aplicações de Milarum (1,5L/ha), iniciando, preventivamente, após o transplante do tomateiro e uma semana após a germinação na batata, podendo ser intercalado com aplicações de fungicidas químicos.

Efeito potencializado

Row-Vispo, Ospo Vi55 e Milarum possuem uma tecnologia pioneira no Brasil chamada Bioevology®. Tratam-se de alguns coformulantes exclusivos da Rovensa Next para otimizar a produção de metabólitos secundários (compostos bioativos). “Pense o seguinte, o Bacillus subtilis precisa colonizar o agente causador da doença. A Bioevology abre a porta de entrada para o biofungicida fazer efeito mais rapidamente", explica Bruno Castanheira, lembrando que os produtos biológicos atuam sem deixar resíduos nos alimentos, sem impacto ao meio ambiente ou à saúde dos aplicadores. 

 

>> Para mais informações, acesse www.rovensanext.com.br/ 

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