O mercado de insumos para grãos no Brasil está enfrentando desafios significativos, especialmente em um contexto de queda nos preços das commodities. Essa queda tem impactado negativamente a rentabilidade dos agricultores, que estão buscando melhores relações de troca e ajustes nos períodos de negociações para manter suas operações sustentáveis.
Sementes e fertilizantes foram analisados - Foto: inpEV
De acordo com o levantamento "Andamento de Sementes de Soja Safra 2024-25" da Kynetec, o ritmo das transações de sementes de soja, embora esteja em recuperação, ainda não atingiu os níveis históricos. Até maio de 2024, as compras de sementes atingiram apenas 51% da demanda, um número inferior aos 70% registrados no mesmo período do ciclo 2021-22.
Essa recuperação lenta é mais evidente quando observamos as particularidades regionais. No Mato Grosso, por exemplo, o mercado de sementes já alcançou 72% das transações necessárias, enquanto no Rio Grande do Sul, esse indicador é de apenas 17%. Essa disparidade regional destaca a necessidade de estratégias diferenciadas para atender às demandas locais e superar os desafios específicos de cada área.
Além das sementes, a pesquisa da Kynetec também analisou o andamento das vendas de outros insumos agrícolas essenciais, como fungicidas, inseticidas para lagartas e percevejos, nematicidas, glifosatos e fertilizantes. A diversificação e a adequação do uso desses produtos são cruciais para enfrentar os desafios fitossanitários e garantir a produtividade das lavouras.
Os dados revelam que os agricultores estão em busca de soluções mais eficazes e economicamente viáveis, refletindo uma mudança na forma como negociam e adquirem insumos. A procura por melhores relações de troca é uma resposta direta à pressão por margens de lucro mais apertadas, e essa tendência deve se intensificar nos próximos meses.