Segundo a TF Agroeconômica, a única forma de obter um ganho significativo com o milho nesta safra é investindo no banco ou, de forma ainda mais vantajosa, no próprio negócio. “Assim, nossa recomendação é colher e vender logo e aplicar o dinheiro no mercado financeiro ou, melhor ainda, no pagamento de suas dívidas e na compra à vista de insumos para o próximo plantio”, comenta.
Essa recomendação passa pelo tempo seco em regiões produtoras da China e por uma menor estimativa para a União Europeia. Além disso a alta é influenciada pelo consumo brasileiro revisado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “No Brasil a Conab aumentou o consumo interno, forte aumento de 2,5 MT na exportação e redução dos estoques finais, que podem elevar um pouco o preço doméstico”, completa.
No baixa, os fatores importantes são o avanço na colheita da safrinha brasileira e a estimativa Argentina. “Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário manteve sua estimativa de produção em 47,5 milhões de toneladas, com cerca de 50% da colheita concluída. As áreas de milho tardio que estão sendo colhidas agora no Centro e no Norte do país vêm revelando os danos causados pela cigarrinha-do-milho”, indica.
“Com a abundância de oferta de milho, tanto no mercado interno, quanto no mercado externo, os preços, tanto em Chicago (que regulam nossas exportações), quanto os da B3, que refletem os movimentos de nosso
mercado doméstico estão 16,71% abaixo dos custos de produção, sinalizando prejuízos para os produtores nesta safra. E, com este excesso de ofertas, não vemos grande possibilidade de alcançarem algum lucro nesta temporada”, conclui.
