SOJA 🚜💨🌦️
COMO O MERCADO SE COMPORTOU?
Avanço do plantio nos EUA. A semeadura da soja foi concluída em 52% da área, superando a expectativa do mercado de 49%. No ano passado, o índice era de 61%, enquanto a média histórica é de 49%.
Derivados em alta. A redução de oferta dos derivados de soja na América do Sul levou a demanda para os EUA, pressionando as cotações de Chicago e, consequentemente, valorizando os grãos.
Exportações brasileiras. A exportação de soja do Brasil em maio foi estimada em 13,83 milhões de toneladas, uma redução de cerca de 300 mil toneladas em relação à previsão da semana passada, segundo a Anec.
Dólar em alta. O dólar fechou a semana atingindo seu maior nível em maio até agora, com o mercado novamente atento às taxas de juros nos Estados Unidos.
Em Chicago, o contrato de soja para maio de 2024 fechou a U$12,49 por bushel (+1,79%). O contrato com vencimento em março de 2025 acompanhou essa tendência, encerrando a U$12,26 por bushel (+1,41%). Esse movimento positivo em Chicago foi refletido no mercado físico brasileiro, impulsionado pela alta do dólar, que subiu para R$5,17 (+1,37%).
O QUE ESPERAR DO MERCADO?
Semana de feriados. Nos EUA, haverá feriado na segunda-feira (27), em comemoração ao Memorial Day. Já na quinta-feira (30), será feriado no Brasil, referente ao Corpus Christi. Esses feriados devem reduzir a liquidez dos contratos, diminuindo a volatilidade.
Semana chuvosa nos EUA. Os mapas climáticos apontam a predominância de chuvas em praticamente todas as regiões do Meio-Oeste norte-americano. Em alguns estados, como Illinois, existe a possibilidade de volumes superiores a 60mm no início da semana. O Texas também receberá grandes volumes de chuva. Esse cenário poderá atrasar o ritmo de plantio e prejudicar as áreas em desenvolvimento inicial, dependendo da intensidade das tempestades.
Exportações brasileiras. e acordo com a última atualização da Secex, realizada em 20/05, foram exportadas aproximadamente 8,28 milhões de toneladas em maio. O ritmo diário está 2,6% menor que o mesmo período do ano passado. Apesar da redução, o Brasil poderá exportar volume acima de 15 milhões de toneladas. No acumulado de janeiro a abril, até o momento, o Brasil vem atingindo níveis recordes de exportação, com 36,8 milhões de toneladas.
Argentina avança na colheita. Segundo a atualização mais recente da Bolsa de Cereales, a colheita da soja atingiu 77,9%. Nesta semana, espera-se que o progresso continue, impulsionado pelo clima favorável. Com isso, os níveis devem ultrapassar 80%, aproximando-se da fase final da colheita.
Tendência de alta no dólar. Com uma semana escassa em dados econômicos, o mercado continuará atento aos novos direcionamentos das autoridades do Banco Central dos EUA, que ainda trata com cautela a queda da inflação. No Brasil, as atenções ficam em torno do déficit fiscal, que superou as expectativas de março.
De acordo com a Grão Direto, considerando os fatores mencionados anteriormente, é possível que as cotações em Chicago continuem sua trajetória de alta ao longo da semana. A possível continuidade da alta do dólar, somado aos prêmios atrativos, deve trazer boas oportunidades para os produtores brasileiros.
MILHO🌽🚜💨🌦️
COMO O MERCADO SE COMPORTOU NA ÚLTIMA SEMANA?
Exportação continuou fraca. A Secex informou que o volume de milho embarcado foi de 162.299,8 toneladas, representando 42,16% do total exportado em maio do ano passado.
Colheita seguiu avançando. A última atualização da Conab mostrou um avanço de 0,4% na colheita no Brasil, com os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul liderando o ranking.
Ritmo de plantio norte-americano. De acordo com o USDA, até 19 de maio, 70% da safra de milho do país havia sido plantada, um aumento de 21% em relação à semana anterior.
As cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a U$4,65 o bushel (+2,65%), para o contrato com vencimento em julho/24. Na B3 o movimento foi mais contido, com alta de 1,62%, fechando a R$59,55. No mercado físico houve volatilidade ao longo da semana, com leves valorizações.
O QUE ESPERAR DO MERCADO?
Compradores x produtores. Segundo o “Termômetro de Mercado”, realizado exclusivamente pela Grão Direto, os produtores brasileiros permanecem bastante cautelosos e sobrevendidos em relação à produção da segunda safra de milho. Essa cautela se confirma diante da queda na produção entre 10 e 20% projetada por eles, com a diminuição de área plantada. Em contrapartida, mesmo com a queda na produção, os compradores estão tranquilos em relação ao ritmo de compras, acreditando que surgirão melhores oportunidades mais à frente.
Plantio nos Estados Unidos. De acordo com a última atualização do USDA, o plantio alcançou 70% da projeção e deve chegar próximo dos 85% na próxima atualização, que será divulgada na terça-feira (28). Com a expectativa de uma semana chuvosa, a evolução do plantio poderá ser comprometida, postergando a finalização desse processo. Apesar disso, o mercado ainda não vê motivo para preocupação.
Colheita na Argentina. A colheita de milho segue avançando, com avanço superior à safra do ano passado, porém, abaixo da média dos últimos 5 anos. A qualidade das lavouras na Argentina, foi severamente comprometida pelo ataque da cigarrinha, mas ainda deve entregar cerca de 47,5 milhões de toneladas ao mercado.
Cotações do trigo em alta. As incertezas em relação à oferta mundial de trigo vem resultando em valorização significativas durante as últimas semanas. O cereal teve uma alta semanal de mais de 6% em Chicago, contribuindo para a elevação dos preços do milho. O aumento do custo do trigo para uso em rações já sugere a viabilidade de substituí-lo por milho.
Considerando os elementos mencionados anteriormente, a Grão Direto previsiona que as cotações do milho brasileiro poderão continuar em tendência de alta, podendo refletir no mercado físico. Nesse contexto de valorização, é possível que haja um aumento no interesse de compra por parte dos compradores, o que poderá impulsionar as cotações.