Publicado em 27/05/2024 15h41

Mapa visita propriedades paulistas para orientar sobre doença que ameaça produção de bananas

No ano passado, 66 municípios produtores de São Paulo receberam informações e tiveram amostras coletadas para análise: todas negativas.
Por: Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


Mapa visita propriedades paulistas para orientar sobre doença que ameaça produção de bananas - Crédito: Felipe Nunes/CDA

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reiniciou na semana passada as ações de controle da fusariose da bananeira raça 4 tropical (Foc R4T) no Estado de São Paulo. O monitoramento vem ocorrendo desde o final de 2018, quando o primeiro alerta de risco de introdução da doença no Brasil foi dado. O país ainda não tem casos dessa praga quarentenária, mas ela já foi encontrada na Colômbia em 2019, no Peru em 2021 e na Venezuela no ano passado.   

O engenheiro agrônomo e fitopatologista Wilson da Silva Moraes, da regional do Mapa em Sorocaba (chamada de Unidade Técnica Regional de Agricultura Ipanema), visitou oito propriedades nesta semana e coletou quatro amostras. Na região de Taubaté, esteve em São Bento do Sapucaí e Ubatuba; na região de São João da Boa Vista, visitou propriedades em Aguaí e Santo Antônio do Jardim; em Campinas, esteve em duas propriedades.  

Essas foram as primeiras coletas de 2024. No ano passado, Wilson esteve em 143 propriedades de 66 municípios, onde coletou 110 amostras. “Todas deram negativo no exame laboratorial. O Brasil continua com o status de área livre para essa praga”, disse.   

Para se ter uma ideia da gravidade da fusariose raça 4 tropical, a praga atinge a planta através do solo infectado, mudas contaminadas e implementos agrícolas e instrumentos de poda infectados. Ao penetrar na planta, a praga entope os vasos que conduzem a seiva, impedindo o movimento de nutrientes e água.  

“Como consequência, a planta seca, amarelece e morre. O fungo permanece no solo por mais de 40 anos, tornando inviável a continuação da cultura na área. Ainda não existe controle químico que possa combater a doença, nem variedades resistentes a ela no Brasil e no mundo”, explicou Wilson. A única forma de evitar prejuízos é a prevenção. 

O trabalho de controle é feito em conjunto com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo. Em 2021, o Mapa publicou um e-book com informações sobre a doença. Ele pode ser acessado aqui.  

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