Funcionários da Embrapa com o governador de MS Eduardo Riedel_foto por Debora Bastos
A Instituição brasileira de pesquisa, que possui três Unidades no estado (Embrapa Agropecuária Oeste, Gado de Corte e Pantanal), apresenta ao público uma série de inovações tecnológicas que prometem transformar a produção agrícola.
No primeiro dia do evento, autoridades presentes na abertura do Showtec, visitaram o estande da Embrapa. Entre eles, estavam o prefeito de Maracaju, José Marcos Calderan, o deputado estadual de MS, Renato Câmara, e o governador de MS, Eduardo Riedel. O governador enfatizou a importância dos Centros de Pesquisa da Embrapa em Mato Grosso do Sul: “Eu reputo em grande parte o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul às instituições de pesquisa, e a Embrapa é uma delas. E o avanço deve ser contínuo”, disse Riedel.
O chefe adjunto de P&D da Embrapa Agropecuária Oeste, Rafael Zanoni Fontes, representou o chefe-geral da Unidade, Harley Nonato de Oliveira e diz que a participação da Embrapa no Showtec reforça seu papel como empresa de pesquisa e na busca por inovações tecnológicas na agropecuária. “As tecnologias apresentadas não só prometem aumentar a produtividade, mas a garantir a sustentabilidade social e a conservação ambiental, alinhando-se com as demandas crescentes por práticas mais responsáveis no setor agropecuário”, pontuou Fontes.
Uma das novidades apresentadas no estande da Embrapa são os resultados de pesquisa do Projeto em parceria entre Embrapa e Itaipu-Binacional. O objetivo dos trabalhos são a produção de inovações tecnológicas para incrementar a sustentabilidade dos sistemas produtivos e a conservação de solo e água de áreas de influência do reservatório de Itaipu em Mato Grosso do Sul. Os sistemas produtivos regionais que estão sendo analisados envolvem pastagens, sucessão soja/milho safrinha, integração lavoura-pecuária, mandioca e cana-de-açúcar. As bacias são as do Rio Ivinhema, do Rio Amambai e do Rio Iguatemi.
Os pesquisadores que trabalham no projeto e que estão no evento são Luís Hernani e Júlio Salton, da Embrapa Solos e da Embrapa Agropecuária Oeste, respectivamente. Entre as análises realizadas nas regiões estão os atributos químicos e físicos do perfil do solo, a estabilidade e tamanho médio dos agregados do solo, a taxa de infiltração da água no solo, a permeabilidade do solo e a atividade enzimática do solo.
O Sistema Antecipasto é uma tecnologia em lançamento. Consiste em um consórcio entre soja e capim, em que o pasto tem seu cultivo antecipado, o que permite maior oferta de alimentos para o gado em períodos de entressafra, sem interferir na produtividade da oleaginosa. “Essa tecnologia é especialmente útil para produtores que enfrentam desafios climáticos, proporcionando maior estabilidade na produção agropecuária”, afirma o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Luís Armando Zago Machado.
Outro ponto de destaque está sendo apresentado pela pesquisadora Michely Tomazi, da Embrapa Agropecuária Oeste. Em uma das áreas do estande da Embrapa, foram montados equipamentos que mostram a influência da água na estruturação do solo. A finalidade é demonstrar a importância de práticas de manejo que preservam a saúde do solo, promovendo sua sustentabilidade a longo prazo. Entre as tecnologias apresentadas estavam métodos de monitoramento da compactação e técnicas para a recuperação e solos degradados.
Há também Unidades Demonstrativas de cultivares de mandioca (BRS 429), pastagens (BRS Mandarim, Estilosantes Bela, BRS RB331 Ipyporã, BRS Paiaguás, Estilosantes Campo Grande, BRS Quênia, BRS Zuri), trigo tropical (TBio Calibre, BRS Atobá, Trigo IPR Potyporã, BRS Coleiro) e soja (BRS 1056 IPRO, BRS 1061 IPRO, BRS 1003 IPRO, BRS 1064 IPRO, BRS 1075 IPRO, BRS 774 RR, BRS 511 e BRS 546) desenvolvidas para se adaptarem melhor às condições climáticas de Cerrado, como as de Mato Grosso do Sul.