Publicado em 13/05/2024 16h12

Cotações da soja disparam em Chicago, mas incertezas pairam com relatório do USDA

As cotações da soja na Bolsa de Chicago apresentaram nova alta.
Por: Agrolink

As cotações da soja na Bolsa de Chicago apresentaram nova alta nesta semana, impulsionadas pelos efeitos climáticos adversos no Rio Grande do Sul e as preocupações com possíveis perdas nas lavouras ainda não colhidas. No entanto, a proximidade da divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA, agendado para o dia 10 de maio, gerou incertezas no mercado, levando a uma estagnação nos preços, que encerraram a quinta-feira (09) praticamente no mesmo patamar da semana anterior.

Segundo análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), as expectativas em torno do relatório sugeriam uma recomposição dos estoques mundiais de soja, o que poderia pressionar os preços para baixo. No entanto, ressalta-se que as bases para essa recomposição são frágeis. A perspectiva de aumento na área plantada de soja nos Estados Unidos para a safra 2024/25 pode contribuir para uma melhora na produção global.

Após atingir US$ 12,34 por bushel em 6 de maio, o contrato futuro para o primeiro mês fechou a quinta-feira (09) em US$ 11,92 por bushel, ligeiramente acima dos US$ 11,90 registrados uma semana antes. Enquanto isso, o plantio nos EUA está adiantado em relação à média histórica para este período, com 25% da área esperada já semeada e 9% das lavouras germinadas.

Em relação às exportações norte-americanas, os embarques de soja na semana encerrada em 2 de maio ficaram em linha com as expectativas do mercado, totalizando 348.654 toneladas. No entanto, o volume exportado no atual ano comercial ainda está 18% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.

No Paraguai, a situação da safra de soja é diferente, com apenas 10% da área colhida devido a problemas climáticos, o que reduziu a produtividade média para 1.500 quilos por hectare. Com isso, a produção final da safra deve ser menor. Até o momento, cerca de 62% da safra atual já foi comercializada, principalmente devido aos vencimentos dos compromissos bancários dos produtores. No mesmo período do ano passado, 80% da safra já estava comercializada.

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