Publicado em 13/05/2024 16h10

Análise do Especialista

Elaborado pela equipe da Grão Direto. A Análise do Especialista é um informativo completo e rico em dados que auxiliam na tomada de decisão da venda e compra dos grãos.
Por: Grão Direto

Relatório Oferta e Demanda. As previsões de produção de soja foram reduzidas para 154 milhões de toneladas no Brasil, mantidas estáveis na Argentina e 121,11 milhões de toneladas nos EUA para a safra 2024/25. Os estoques finais globais diminuíram em 2,44 milhões de toneladas, sugerindo aumento na demanda.

Taxa de juros brasileira. O Banco Central optou por diminuir o ritmo de redução da taxa básica de juros, cortando a Selic em 0,25 pontos percentuais.

Ritmo de plantio norte-americano. De acordo com o USDA, no seu último relatório, o plantio de soja atingiu 25% da projeção total. Esse número está à frente do ritmo de plantio dos últimos 5 anos (21%), porém, abaixo do ano anterior (30%).

Em Chicago, o contrato de soja para maio de 2024 encerrou a U$12,19 o bushel (+0,25%). O movimento positivo de Chicago foi replicado no mercado físico brasileiro, impulsionado pela alta do dólar para R$5,16 (+1,78%). O contrato com vencimento em março de 2025 seguiu a mesma tendência e encerrou a U$12,13 o bushel (+0,41%).

O QUE ESPERAR DO MERCADO?

Semana chuvosa nos EUA. Os mapas climáticos apontam o retorno das chuvas, principalmente na região Centro-Sul do cinturão produtor, atingindo os estados de Illinois, Indiana e Ohio. Caso isso seja confirmado, o ritmo de plantio poderá continuar lento, em relação aos anos anteriores.

Plantio norte-americano. Na semana passada, o ritmo de plantio diminuiu consideravelmente devido às chuvas em diversas regiões. No entanto, nesta semana, com a redução das chuvas, o plantio acelerou, o que pode levar a uma recuperação do ritmo de plantio, semelhante ao do ano anterior.

Exportações brasileiras. De acordo com as projeções da Anec, espera-se que a exportação de soja do Brasil diminua em cerca de 8% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, atingindo 13,2 milhões de toneladas. Apesar da diminuição prevista, o número ainda é bastante significativo.

Rio Grande Sul ainda em alerta. A situação do Rio Grande do Sul continuará em estado de alerta. Ainda é cedo para estimar as perdas reais da safra de soja no estado, que, apesar de significativas, não serão tão severas quanto as de outras culturas, como o arroz. Estima-se que as perdas variem entre 1 e 3 milhões de toneladas, o que reduziria ainda mais a projeção da safra nacional. No entanto, isso provavelmente não afetará as cotações em Chicago.

Dólar continuará em alta. Após o ajuste na taxa de juros brasileira para 10,25% ao ano, o foco do mercado permanecerá nas políticas fiscais do governo do Brasil, que têm causado preocupação entre os investidores. Indicações de interferência podem levar à fuga de capital estrangeiro do país, impactando a valorização do dólar.

De acordo com a Grão Direto, considerando os fatores mencionados anteriormente, é possível que as cotações em Chicago retomem uma trajetória de alta ao longo da semana. No entanto, essa tendência pode ser atenuada por uma potencial desvalorização do dólar no curto prazo, o que resultaria em modestos ganhos para a soja brasileira.

MILHO🌽🚜💨🌦️

COMO O MERCADO SE COMPORTOU NA ÚLTIMA SEMANA?

Relatório de Oferta e Demanda. As expectativas de produção de milho foram revisadas para 122 milhões de toneladas no Brasil e 53 milhões na Argentina, com redução nas exportações desses países. Nos EUA, a produção estimada para a safra 2024/25 é de 377,46 milhões de toneladas, e os estoques finais mundiais foram reduzidos para 3,84 milhões de toneladas.

Menos milho na Argentina. A Bolsa de Rosário trouxe mais um ajuste de expectativa de produção de milho, totalizando agora 47,5 milhões de toneladas. A cigarrinha tem sido a maior responsável pelos cortes.

Ritmo de plantio norte-americano. De acordo com o USDA, no seu último relatório, o plantio de soja atingiu 36% da projeção total. Esse número está abaixo do ritmo de plantio dos últimos 5 anos (39%) e do ano anterior (42%).

As cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a U$4,68 o bushel (+1,74%), para o contrato com vencimento em julho/24. Na B3 o movimento foi mais contido, com alta de 1,29%, fechando a R$58,95. No mercado físico houve volatilidade ao longo da semana, com valorizações.

O QUE ESPERAR DO MERCADO?

Colheita na Argentina. O ritmo de colheita de milho deve acelerar nesta semana, com o clima mais favorável por lá. Atualmente, há um atraso de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, com cerca de 25% da colheita concluída até agora. Apesar da diminuição da expectativa de produção provocada pela cigarrinha, o país disponibilizará volumes acima de 45 milhões de toneladas.

Plantio nos Estados Unidos. As chuvas ocasionais nas áreas produtoras de milho nos EUA podem continuar atrasando o plantio nesta semana. Embora o mercado já tenha ajustado os preços para refletir esses impactos no curto prazo, essas condições ainda podem exercer pressões ascendentes sobre as cotações em Chicago. Historicamente, o plantio de milho fecha o mês de maio com níveis acima de 80% de conclusão. Caso isso não aconteça, poderá trazer mais uma dose extra de volatilidade para as cotações de Chicago.

Pressão altista do trigo. Essa situação levou o USDA a reduzir as expectativas de produção, enquanto as exportações dos EUA para 2024/25 estão projetadas para aumentar, acompanhadas por uma redução nos estoques globais. Esses fatores têm impulsionado a demanda por milho, levando a uma tendência de alta nos preços. Isso ocorre porque tanto o milho quanto o trigo são fundamentais na produção de ração animal e podem ser utilizados de forma alternada.

Exportações brasileiras. Após registrar em março o segundo menor volume de exportações dos últimos dez anos, as expectativas do mercado já se voltam para maio. Historicamente, maio é um mês de baixa demanda por milho brasileiro, e essa tendência deve se manter este ano, embora os volumes esperados sejam superiores aos do mês anterior. A Anec prevê exportações superiores a 500 mil toneladas para o período.

De acordo com a Grão Direto, com base nos fatores apresentados, o milho poderá iniciar um movimento de alta nas cotações do mercado brasileiro.

SOJA 🚜💨🌦️
É possível que as cotações em Chicago retomem uma trajetória de alta ao longo da semana.

No entanto, essa tendência pode ser atenuada por uma potencial desvalorização do dólar no curto prazo, o que resultaria em modestos ganhos para a soja brasileira.

MILHO🌽🚜💨🌦️

A pressão altista do trigo levou o USDA a reduzir as expectativas de produção, enquanto as exportações dos EUA para 2024/25 estão projetadas para aumentar, acompanhadas por uma redução nos estoques globais.

O milho poderá iniciar um movimento de alta nas cotações do mercado brasileiro.

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