Publicado em 09/05/2024 18h21

Inmet, Cemaden, Cenad e Inpe emitem nota técnica sobre os riscos geo-hidrológicos para o Rio Grande do Sul

Documento traz a previsão meteorológica e análise de riscos para o período entre os dias 10 a 13 de maio.
Por: Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em conjunto com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) emitiu, nesta quinta-feira (9), nota técnica sobre os riscos geo-hidrológicos para o Rio Grande do Sul. O documento traz a previsão meteorológica e análise de riscos para o período entre os dias 10 a 13 de maio de 2024.

De acordo com a nota, a partir desta quinta-feira (9), o avanço de uma frente pelo estado de Santa Catarina e a entrada de um ar mais frio, de quadrante sul, pelo Rio Grande do Sul, irá provocar queda de temperatura no estado gaúcho e pouca chance de chuva. Contudo, ao longo do dia, esse sistema começa a recuar para o sul do estado, na forma de frente quente, deixando pouca chance de chuva volumosa, mas contribuindo para uma virada dos ventos. Essas rajadas passarão a soprar do setor leste, o que dificulta o escoamento das águas da Lagoa dos Patos em direção ao oceano.

A partir da sexta-feira (10), o sistema frontal irá se tornar semi-estacionário sobre a região central do Rio Grande do Sul. Assim, entre a sexta e a segunda-feira (13), as chuvas serão mais intensas no centro-leste e nordeste do estado, incluindo a região metropolitana da capital, Porto Alegre, onde se encontram algumas bacias de captação do rio Guaíba. Os acumulados de chuva neste período poderão superar os 150 milímetros (mm), condição que pode agravar ainda mais a situação do estado.

Ainda na segunda, a previsão indica a passagem de uma nova frente fria mais intensa sobre a Região Sul do Brasil, incluindo a possível formação de um ciclone extratropical nas proximidades da costa, o que pode causar o incremento dos ventos do setor leste. Nos dias seguintes, esta frente fria e o posterior ingresso de uma massa de ar frio e seco irá causar queda nas temperaturas e possibilidade de chuva na próxima semana. As rajadas de vento seguirão soprando do setor sul e dificultando o escoamento das águas.

RISCO HIDROLÓGICO

Atualmente, os rios Taquari, Caí e Sinos continuam em recessão, da mesma forma que toda a região do delta do Jacuí. Por conta da velocidade e direção dos ventos existe uma situação de estabilidade com leve tendência de subida no nível do rio Guaíba. Ao longo dos próximos dias, a volta da chuva para a região metropolitana e norte do Rio Grande do Sul pode aumentar o volume de água que chega nesse rio.

Conforme a previsão, a chuva volumosa deve atingir as bacias hidrográficas mais próximas à região metropolitana de Porto Alegre, como as dos rios Gravataí, rio dos Sinos e rio Caí. Além disso, ao longo dos próximos dias, a posição dos ventos na Lagoa dos Patos dificultará o escoamento das águas aumentando o risco de inundação dos municípios na região de Pelotas, Rio Grande e arredores.

Devido a essas condições, é necessário atenção redobrada a bacia do rio Uruguai e seus afluentes, localizados na região da fronteira oeste do estado gaúcho, que devem continuar subindo pelos próximos dias.

Figura 1: Probabilidade de ocorrência de eventos hidrológicos em, ao menos, um município das bacias hidrográficas indicadas. Este mapa foi elaborado por uma equipe multidisciplinar, levando em consideração os cenários de riscos hidrológicos atuais somados à previsão de chuva.

Leia a nota na íntegra aqui.

Os alertas do Cemaden/MCTI enviados para os municípios monitorados podem ser acompanhados em tempo real no aqui.

O Inmet reforça a importância de acompanhar as atualizações da previsão do tempo e avisos meteorológicos especiais emitidos diariamente no site e nas redes sociais.

O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

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