Publicado em 20/02/2024 07h25

Feriado dos EUA trava soja no Brasil

Nenhum dos estados brasileiros registrou grandes movimentações.
Por: Leonardo Gottems

O dia de ontem foi feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, o que acabou fazendo com que o mercado da soja ficasse travado nos estados brasileiros, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul o dia foi de manutenção.

“No entanto, vale citar algumas conclusões a respeito da semana passada. Espera-se que após o feriado o grão volte a marcar perdas, pois com o avanço da safra 23/24, a soja brasileira chega em peso no mercado e deve vir a pressionar os fundos em um âmbito internacional”, comenta.

Santa Catarina teve preços sem movimentos. “Assim como nos demais estados, as negociações estão paradas em Santa Catarina, o cenário segue se repetindo, em especial em virtude do feriado no dia de hoje. Ademais, os contratos estão sendo cumpridos, mas não há negociação por fora disso. Ademais, o produtor ainda deseja preços muito mais altos, no entanto, ao que tudo indica essas ideias não chegarão”, completa.

Não houve movimentação também no Paraná. “Em relação à soja da safra 2023/24, a ideia de compra girava em torno de R$ 112,00 por saca CIF Ponta Grossa, com entrega no começo de maio e pagamento no fim de maio, marcando manutenção. Os produtores, entretanto, pediam pelo menos R$ 130,00 por saca, sem registro de acordos. As demais posições do interior marcaram manutenção, com o valor mais baixo chegando a R$ 106,00 CIF Cascavel”, indica.

O Mato Grosso do Sul segue igual aos outros estados. “Compradores indicavam entre R$ 103,00 e R$ 101,00 por saca FOB com retirada imediata e pagamento no fim de fevereiro, marcando manutenção, vendedores não se interessaram por valores inferiores a R$ 125,00”, informa.

Os negócios também ficaram parados no Mato Grosso. “Devido à falta de chuvas consistentes nos primeiros meses da safra de soja, houve uma queda acentuada na produtividade nos primeiros lotes colhidos. As chuvas em dezembro e início de janeiro ajudaram a recuperar parte do potencial produtivo, mas não o suficiente para igualar a safra anterior. O atraso na semeadura resultou em lavouras em diferentes estágios de desenvolvimento, prolongando a colheita até abril”, conclui.

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