Os futuros do trigo dos Estados Unidos declinaram nas negociações da madrugada devido a indícios de um possível aumento nas exportações da Rússia. O país, conforme relatado pelo Ministério Agrícola Russo e veículos de comunicação, elevou sua cota de exportação de grãos para 28 milhões de toneladas métricas até o final de junho, superando o limite anterior de 24 milhões.
A preocupação com o trigo russo mais acessível impactou os preços nas últimas semanas. O Departamento de Agricultura dos EUA divulgou que a expectativa é de que a Rússia exporte cerca de 51 milhões de toneladas métricas do grão, enquanto no ano anterior os embarques totalizaram 47,5 milhões de toneladas, conforme informações do USDA.
Os futuros do milho também diminuíram durante a noite devido à previsão da consultoria AgRural, que agora estima a produção da segunda safra no Brasil em 91,2 milhões de toneladas métricas, acima da previsão anterior de 86,3 milhões. O plantio, previsto em cerca de 16,4 milhões de hectares, representa uma redução de quase 5% em relação ao ano anterior, contrariando a previsão inicial de queda de quase 10% na área plantada, de acordo com a AgRural.
A desistência de alguns agricultores no Brasil quanto às culturas de soja abriu espaço para a segunda safra de milho, influenciando a queda nos futuros do milho. Na Bolsa de Comércio de Chicago, o trigo para entrega em março caiu 12 3/4 ¢ para US$ 5,84 ¾ por bushel, e os futuros de Kansas City despencaram 11 ¢ para US$ 5,83 ½ por bushel. Os futuros do milho caíram 2 centavos, atingindo US$ 4,28 ¾ por bushel. Quanto à soja, os futuros para entrega em março perderam 7 centavos, ficando em US$ 11,79 ¼ por bushel. O farelo de soja caiu US$ 1,50, atingindo US$ 343,30 a tonelada curta, enquanto o óleo de soja diminuiu 0,02 centavos, atingindo 47,28 centavos a libra.
