Publicado em 08/02/2024 09h00

Investimento em feijão rende 25% em um mês

Na atualidade, o feijão-carioca e o feijão-preto estão gradualmente valorizando.
Por: Leonardo Gottems

Em cadeias produtivas vinculadas à agricultura, ocorrem ciclos de excesso e escassez de oferta. Para prolongar o armazenamento dos produtos, é essencial dispor de recursos financeiros, os quais podem ser remunerados de acordo com as variações de preço.

“Alguém que investiu em feijão-carioca em setembro de 2023 e vendeu em janeiro teve um ganho de cerca de 88% em reais e 80% em dólares. O Feijão-preto, em 30 dias, valorizou 25% em reais e 22% em dólares. Nem todo ano é assim, mas sempre há ganho maior ou menor”, indica o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe).

A estratégia para o feijão deve ser semelhante a outros produtos, como o tomate. Em períodos de preços baixos, a indústria pode adquirir e processar o feijão, armazenando-o para períodos de escassez. No caso do feijão, a abordagem é mais direta: estabelecer o preço esperado na colheita e analisar o histórico de preços em relação ao volume de produção e consumo previsto.

“Temos esse acompanhamento desde 2014 e sabemos quando é o momento de investir. Quem faz isso hoje são alguns cerealistas, corretores, bem como os produtores. Nosso modelo econômico é capitalista, e o capital ajuda a manter o abastecimento e pode trazer liquidez para o mercado no pico da colheita e abastecimento quando os preços sobem. Esta é uma visão simplificada de um fato. Se houver mais "investidores", poderemos produzir mais feijões com segurança econômica”, completa.

Na atualidade, o feijão-carioca e o feijão-preto estão gradualmente valorizando. No dia anterior, o Feijão-carioca atingiu valores de até R$ 380 para a classificação 8,5, enquanto o Feijão-preto alcançou R$ 395. Essa valorização gradual ao longo da semana é preferível a aumentos expressivos em curtos períodos, pois consolida o nível de preço.

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