Publicado em 23/01/2024 10h25

Produtos biológicos podem reduzir emissões de carbono

De maneira natural, alguns microrganismos, mais eficientemente, transformam o nitrogênio do ar em algo fácil da planta absorver.
Por: Agrolink

O Brasil reafirma seu compromisso ambiental na última Cúpula de Ação Climática da ONU, buscando uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa até 2030. Em meio a esse desafio, a startup Symbiomics vem introduzindo uma nova geração de produtos biológicos que não apenas impulsionam a produtividade, mas também combatem as emissões do agronegócio.

O CEO da Symbiomics, Rafael de Souza, destaca a importância dessa nova abordagem biotecnológica, especialmente considerando que o agronegócio é responsável por até 15% das emissões globais de gases de efeito estufa. A startup concentra esforços em Pesquisa & Desenvolvimento, utilizando tecnologias avançadas de microbioma, genômica e análise de dados para criar soluções sustentáveis em nutrição vegetal, biocontrole, sequestro de carbono e bioestimulantes.

A tecnologia da Symbiomics baseia-se no uso de microrganismos para disponibilizar elementos essenciais, como nitrogênio e fósforo, para as plantas durante seu ciclo produtivo. Essa abordagem inovadora reduz a dependência de produtos químicos, notadamente os fertilizantes nitrogenados responsáveis por uma parcela significativa das emissões globais.

Jader Armanhi, cofundador e COO da startup, explica que a solução com microrganismos solubilizadores de fósforo oferece um suprimento tecnologicamente avançado para a suplementação de fósforo, essencial para o desenvolvimento das plantas. Além de reduzir a necessidade de fertilizantes químicos, a iniciativa minimiza a pegada de carbono associada à produção desses insumos.

Um exemplo prático dessa revolução está no cultivo de milho, onde a Symbiomics busca reduzir significativamente a necessidade de ureia como fertilizante. Com a produção agrícola brasileira dedicando quase 22 milhões de hectares ao milho, a startup visa contribuir para a redução das 9,2 milhões de toneladas de ureia utilizadas anualmente, minimizando as emissões de gases de efeito estufa associadas a esse processo.

Publicidade