Fator determinante para todas as culturas, o clima segue afetando duramente lavouras de grande parte do país e influenciando de maneira negativa o potencial produtivo dos cultivos. Mesmo as perdas não sendo generalizadas, a consequência é uma estimativa de redução da safra 2023/24 de grãos no Brasil, que será de 306,4 milhões de toneladas conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em 10 de janeiro.
Vitor Finger, produtor rural em Santa Catarina
Assim como provocaram atraso no plantio de soja, as chuvas intensas na Região Sul e as fortes ondas de calor, que superaram os 40 graus no Centro-Oeste durante o segundo semestre de 2023, também alteraram o calendário da colheita – e a decisão sobre plantar o milho safrinha em março, naqueles hectares que ficaram em atraso, deverá ser tomada posteriormente.
Na contramão da tendência de diminuição da produtividade, produtores que investiram na nutrição adequada do solo e reposição de nutrientes comemoram resultados considerados excelentes nos dois principais cultivos agrícolas do país. Na soja, o incremento médio foi de 4,78 sacas/hectare e, no milho, o aumento chegou a 10,91 sacas/hectare, em média, especialmente em propriedades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Para garantir a produtividade da safra durante o verão, é essencial adotar medidas de proteção contra as intempéries nas lavouras, conforme explica o engenheiro agrônomo Caio Kolling. “Tanto o excesso de calor quanto de chuvas impacta negativamente no solo e, consequentemente, na planta. Em ambas as situações, a suplementação é uma forma de repor os nutrientes, minimizando os danos provocados pelas perdas, seja pela lixiviação no caso de chuvas demais ou, na ocorrência de estiagem, para auxiliar na recuperação das plantas”, alerta o também supervisor técnico da MaxiSolo, divisão de nutrição vegetal da SulGesso. A empresa catarinense desenvolveu o fertilizante mineral granulado SulfaBor, composto por duas dinâmicas de liberação - uma mais rápida e outra gradual - e ação multinutricional, que oferece, além do boro, cálcio e enxofre na forma de sulfato e aditivos.
Satisfeito com as 100 sacas/ha colhidas na safra passada, Vitor Finger acompanha, com entusiasmo, o desenvolvimento da lavoura na área que disputará o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. Realizada anualmente pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), a competição visa reconhecer os melhores sojicultores do país. “SulfaBor foi a cereja do bolo, ele tem uma liberação lenta e outra mais rápida, independente de volume de chuva, e reduz as perdas de nutrientes por lixiviação”, resume. O produtor rural e influenciador digital relata que aplicou 200 kg/ha a lanço, alguns dias antes da semeadura em Serra Alta, no Oeste de Santa Catarina. “Eu usei o produto granulado, é evidente que boro, cálcio e enxofre fazem a diferença. Há um melhor aproveitamento, via radicular, das plantas, para a absorção desse boro e vejo que ele vai sendo mais distribuído no arranque. Devemos fazer pelo menos uma aplicação para atingir os máximos tetos produtivos na nossa cultura”, diz Finger.
As duas dinâmicas de liberação de nutrientes - uma mais rápida e outra gradual - a que Finger se refere, é um mecanismo desenvolvido com tecnologia 100% nacional, que disponibiliza o boro de forma inteligente nas lavouras. “O grande diferencial dessa tecnologia é fornecer o boro no início, meio e fim da cultura, podendo até mesmo deixar um efeito residual para o próximo ciclo”, detalha o superior técnico da MaxiSolo.
Caio Kolling reforça que a reposição de nutrientes, através da suplementação, vem conquistando o interesse dos produtores. “Apesar de ser essencial ao desenvolvimento das plantas, o Boro se perde muito facilmente no solo e, sabendo disso, os pesquisadores desenvolveram uma combinação de aditivos que faz com que os grânulos de SulfaBor sejam protegidos, oferecendo maior eficiência e menores perdas para os cultivos. Ao promover o condicionamento do solo, há um melhor enraizamento da planta, o que permite que sua raiz atinja camadas mais profundas no solo”.
Em São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul, o produtor e consultor técnico Ricardo Milech relata que o solo foi muito afetado pelas chuvas, em novembro e dezembro, depois de um longo período de estiagem. “De forma geral, temos uma grande deficiência de enxofre e boro aqui na região. O cálcio é bastante adicionado através da calagem, mas a grande demanda do nutriente pela planta faz com que seja necessário um complemento. Eu utilizei SulfaBor no pré-plantio da soja porque é uma inovação no mercado de fertilizantes e um produto exclusivo”, explica Milech. Ele acompanha de perto a lavoura, que está no estágio V3, e se diz confiante. “Na minha área, é o primeiro ano que estou usando SulfaBor, já acompanhei a utilização da tecnologia em outras propriedades e acredito que também terei resultados muito bons”.