De acordo com as informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a alternativa de plantar trigo e abandonar o milho, onde houver essa possibilidade, pode ser mais rentável. “A recomendação é plantar menos milho na safrinha”, comenta a consultoria.
“Mas, como a maioria espera que o vizinho faça, para ele poder ganhar mais, e, assim, ninguém reduz, o próprio mercado se encarrega de corrigir isto, baixando os preços para todos, que já estão (R$ 51/saca no PR) abaixo dos custos de produção (72,96 para a próxima safrinha), gerando prejuízo, portanto. Diríamos que, nos estados do PR/MS/SP/MG e GO, que tem esta alternativa, plantar trigo será mais rentável que plantar milho, em 2024, porque o trigo tem possibilidades reais de subir e o milho, não”, completa.
Dois são os fatores de alta. Cita-se as vendas externas dos EUA que vieram acima da expectativa do mercado e o volume de exportação maior do que o ano anterior no Brasil. “Para a safra 2024/25,foram vendidas 20 mil toneladas. Analistas esperavam vendas totais de até 1,2 milhão de toneladas. A ampla oferta dos EUA impede uma alta mais acentuada dos preços. Na sexta passada, o USDA elevou suas estimativas de produção e estoques domésticos em 2023/24, e os números vieram acima das expectativas de analistas”, indica.
Os fatores de baixa englobam as condições favoráveis para a safra da Argentina também limitam a alta, os fundos que elevaram em 14,5% as apostas na queda dos preços de milho e o último relatório de projeção de safra. “De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio de milho no país avançou 8,1 pontos porcentuais na última semana, para 92,7% da área total prevista, de 7,1 milhões de hectares. A semeadura está 4,1 pontos percentuais adiantada em relação a igual período do ano passado. A parcela da safra em condição entre normal e excelente era de 97%, disse a bolsa”, conclui.