A aplicação de agroquímicos é uma etapa muito importante ao longo do ciclo das culturas agrícolas. Ao mesmo tempo, os insumos têm um alto custo para o bolso do produtor e evitar o desperdício é essencial. Além disso, se torna peça fundamental para a sustentabilidade do negócio ser assertivo e ter eficiência em todos os processos. Quando se fala em pulverização, a limpeza do tanque e de alguns componentes dos equipamentos é uma dessas ações simples, mas que devem ser planejadas, já que impactam diretamente no resultado final.
Filtro precisa de limpeza periódica
Segundo Alexandre Augusto Gazoni, engenheiro agrônomo e diretor comercial da Sell Agro, a correta limpeza nos tanques, tubulações e bicos do pulverizador garante a melhor distribuição possível, tanto no fluxo durante as barras quanto no bico. “Permitindo assim, uma abertura plena do bico, assegurando uma aplicação mais eficaz e completa das gotas pulverizadas até as plantas”, diz.
Uma limpeza inadequada pode resultar em duas interferências: a primeira é a fitotoxidade nas plantas, a qual ocorre se houver resíduo de defensivo no tanque, podendo inativar o segundo agroquímico. A segunda interferência é uma cobertura irregular na lavoura, causada por bicos que geram gotas descompassadas, resultando em uma distribuição ineficiente.
No campo, observa-se erros comuns de acordo com Gazoni, e que incluem: falta de diluição adequada, erro na dosagem para desativação química, não retirar os bicos ao esvaziar resíduos, e negligência na limpeza de bombonas, pré-misturadores e outros equipamentos relacionados à aplicação.
O especialista conta que a forma adequada de realizar a limpeza depende do produto. Existem dois tipos de maneira: a de descontaminação, onde se adiciona um limpador de tanque para desativar a molécula e evitar reações químicas, e a de desincrustamento, para produtos que deixam resíduos no tanque. “Nesse caso, é recomendável retirar o bico, limpá-lo separadamente em uma vasilha, adicionar um produto para limpar o tanque, agitar, enviar para os ramais, e, após esvaziar o ramal, completar o tanque com água. O tempo de agitação varia de 15 a 20 minutos, seguido de enxágue, que pode ser repetido uma ou duas vezes, dependendo dos resíduos”, detalha o profissional.
Para ajudar na hora da limpeza dos pulverizadores, a Sell Agro desenvolveu um produto específico, um agente de limpeza, o Mac Clean, que tem em sua formulação dupla aptidão, altamente eficiente em desativação e desincrustamento. “Além de desativar resíduos ativos que ficaram nas superfícies das máquinas, esse detergente altamente tecnológico realiza uma limpeza, removendo sais e contaminantes do pulverizador, tanto na parte química quanto física”, sinaliza Gazoni.
É importante destacar que a prática regular de limpeza contribui para a longevidade dos equipamentos. “Evitando desgastes internos por acúmulo, prevenindo ferrugem e degradação externa devido ao excesso de defensivo, e preservando componentes como bicos, diafragmas, molas, conexões, mangueiras, selos da bomba e filtros”, finaliza o especialista.