Na última segunda-feira, os agricultores alemães deram início a uma semana de protestos planejados em resposta à proposta do governo federal de reduzir os subsídios ao setor agrícola. O centro das cidades, incluindo Berlim, Hamburgo, Colônia e Bremen, foi bloqueado por centenas de tratores, enquanto grandes comboios de veículos agrícolas interromperam o tráfego em rodovias principais em diversos lugares, afetando a maioria dos 16 estados do país.
O governo, em dezembro, apresentou um plano para cobrir o défice de 17 mil milhões de euros no orçamento de 2024, inicialmente propondo a eliminação imediata dos subsídios ao diesel agrícola. Contudo, diante da reação intensa dos agricultores na semana passada, o governo suavizou sua posição. Em vez de eliminar imediatamente os subsídios ao diesel agrícola, optou por uma abordagem gradual, eliminando a redução fiscal ao longo de vários anos. Além disso, abandonou os planos de abolir o tratamento tributário preferencial para veículos agrícolas.
Apesar dessas concessões, a revolta dos agricultores persiste. Muitos no setor argumentam que mesmo o plano revisado do governo tornará a sobrevivência dos agricultores ainda mais difícil, comprometendo, em última análise, a viabilidade futura da produção nacional de alimentos.
Diante disso, grupos agrícolas indicaram que os protestos continuarão até que as alterações propostas sejam completamente revertidas. O chanceler Olaf Scholz rejeitou, na segunda-feira, as exigências dos agricultores, sinalizando um impasse persistente entre o governo e o setor agrícola.
