Apesar do bom desenvolvimento das pastagens de verão, a pecuária enfrenta desafios em decorrência das elevadas temperaturas, que têm impactado o consumo de animais e provocado o acúmulo de forragens em algumas áreas. De acordo com o Informativo Conjuntural, o calor excessivo durante o dia tem dificultado as ações de reprodução, afetando especialmente os bovinos de raça europeia e prejudicando o desempenho reprodutivo desses rebanhos. A condição sanitária dos bovinos permanece adequada, mas há relatos de infestações de ectoparasitas, como carrapato, mosca-dos-chifres e berne.
Na região de Bagé, em Itaqui, a redução das chuvas desde a segunda quinzena de dezembro e as lotações excessivas têm resultado em baixo ganho de peso em algumas propriedades. Em Caxias do Sul, a inseminação artificial continua sendo realizada, seguida de repasse com touro para as matrizes que retornaram ao cio. Na região de Erechim, o mercado permanece desaquecido, com oferta elevada e demanda reduzida, resultando em dificuldades de negociação e valores pagos em baixa, mantendo a tendência de preços decrescentes.
Em Passo Fundo, ainda são efetuadas as atividades reprodutivas e de controle de parasitas, como berne, carrapato, mosca-dos-chifres, bicheiras e tristeza parasitária. Na região de Pelotas, a fase de parição sofreu diminuição, e as matrizes com cria estão sendo mantidas com touros para reprodução. Em Santa Maria, as condições sanitárias estão boas, apesar da presença de carrapato. Na região de Santa Rosa, novamente houve registro de carregamento de animais para frigoríficos, e os preços para matrizes com cria ao pé foram mantidos. A condição corporal dos bovinos de corte está satisfatória devido à oferta forrageira. Em Soledade, as pastagens cultivadas e os campos nativos apresentaram desempenho adequado, resultando em aumento da produção de alimento volumoso para os rebanhos.
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço médio do boi aumentou 0,13%, passando de R$ 7,70 para R$ 7,71. Já o preço da vaca para o abate registrou um aumento de 2,17%, saindo de R$ 6,44 para R$ 6,58 por quilo vivo.