Publicado em 12/01/2024 01h11

Balança comercial do açúcar em 2023

Produto exportado teve aumento na quantidade e preço.
Por: Agrolink

As condições climáticas regulares e os investimentos aplicados pelo setor sucroalcooleiro repercutiram de forma positiva na produção nacional de cana-de-açúcar na safra 2023/24. Mesmo com retardamento no começo da colheita, face a ocorrência de chuvas constantes, com embaraços nos programas das unidades de produção, a moagem atingiu mais de 90% na Região Centro-Sul até dezembro de 2023. As previsões indicam crescimento perto de 10%   na produção de campo, para 677,6 milhões de toneladas.

A conjuntura no mercado internacional do adoçante combinou preços em patamares favoráveis com perspectiva de boas safras. Esse quadro estimulou os usineiros a priorizarem parcela maior do canavial para a fabricação de 46,88 milhões de toneladas de açúcar em 2023. A quantidade recorde de produção ficou 27,4% acima à da temporada passada. De um modo geral, esse aumento ocorreu em todas as regiões produtoras. 

A maior disponibilidade de matéria-prima possibilitou ao Brasil sustentar a posição de maior produtor mundial de açúcar, com exportação no intervalo de 35 a 40% do comércio global. As altas dos preços do açúcar nos mercados internacionais bateram acima de 27 centavos/libra-peso. O déficit entre a oferta e demanda mundial do produto pressiona os níveis de tetos das cotações, sujeitos a ocorrerem novamente na safra 2024/25.

O açúcar foi um dos poucos produtos exportados pelo agronegócio com aumento na quantidade (15,32%) e na receita (40,85%), em comparação com o ano anterior. Esse incremento de preço ocorreu em função do problema climático nas lavouras asiáticas, principalmente na Índia. Os maiores importadores do produto estão justamente no continente asiático a Ásia, com a China Indonésia, Índia e Malásia. 

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