De acordo com um cálculo feito pela TF Agroeconômica, se houver uma redução de apenas 10% na área plantada de trigo em 2024, o prejuízo pode ser bilionário. A consultoria leva em conta os agricultores, governo, cooperativas,cerealistas, empresas revendedoras de insumos apenas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
“O prejuízo aproximado chegaria a R$ 3,6 bilhões ou US$ 715,91 milhões com receitas não obtidas pelos agricultores (R$ 14,84 milhões, dos quais R$ 6,77 no PR, 7,43 milhões no RS e R$ 645,6 mil em SC); o governo perderia R$ 173,45 milhões em impostos sobre insumos e serviços do setor; as cooperativas e cerealistas perderiam R$ 76,53 milhões em taxas de prestação de serviços; as empresas fornecedoras de insumos perderiam R$ 667,09 milhões sem fornecer os insumos; as empresas de semente perderiam R$ 172,6 milhões e o país teria gastos adicionais com importação de trigo ao redor de R$ 2,47 bilhões”, comenta.
ontexto, a consultoria afirma que isso mostra como será importante estimular o produtor a plantar trigo. “Uma das soluções será tirar dinheiro do caixa da empresa para garantir a distribuição de um plus a mais sobre o preço, para estimular o triticultor a plantar, o que eliminaria o segundo ponto”, indica a TF.
“Em nossos contatos, encontramos empresas que tiraram, por exemplo, R$ 8,0 milhões do caixa para esta finalidade em 2023 e demonstramos a elas que, com apenas R$ 600 mil ou apenas 7,5% deste valor, teria sido suficiente para ter o mesmo efeito (garantir algo como R$ 10-12,00/saca além do preço oferecido pelo mercado) se tivessem operado mercado futuro”, conclui.